Jornal Madeira

O que mostram as câmaras

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As imagens captadas pelas duas câmaras de vigilância do interior do bar mostram o arguido e as duas vítimas sentados, aparenteme­nte integrando o mesmo grupo, num conjunto de três mesas.

De acordo com as testemunha­s já ouvidas pelo tribunal, o ambiente parecia calmo e normal, sem que tivesse existido qualquer indício do desfecho.

A dado momento, as câmaras mostram a vítima e o arguido sentados lado a lado, aparenteme­nte a conversar, até que o alegado homicida se levanta e estica o braço na direção da vítima, antes de se afastar, saindo do estabeleci­mento.

Ao fim de cerca de meia hora, o arguido torna a aparecer no bar, vindo da rua, e dirige-se de imediato às mesas onde permanecia­m sentadas as duas vítimas. Do bolso de trás das calças tira um revólver que aponta ao homem de 51 anos, que estava sentado à sua frente, desferindo-lhe um tiro no peito.

Em seguida, o arguido mantém a arma empunhada, enquanto se vira para a direita, na direção do balcão, onde se encontrava a empregada e um outro cliente. Assustada, a empregada foge em direção às traseiras do bar. Enquanto isso, o arguido volta a sua atenção novamente para as mesas, e aponta a arma a um outro elemento do grupo de amigos, um homem de 43 anos, que é atingido na perna esquerda por um segundo tiro. Entretanto, a primeira vítima cai no chão, inanimada, entre duas mesas.

Depois de disparado o segundo tiro, o arguido volta-se e encaminha-se de novo para a rua.

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