Jornal Madeira

Calado segue na frente

Se as eleições já tivessem acontecido, o ‘Funchal Sempre à Frente’ elegeria Pedro Calado para presidente e ainda cinco vereadores.

- Por Agostinho Silva agostinhos­ilva@jm-madeira.pt

Terceira sondagem da Intercampu­s no Funchal dá vantagem de 9% a Pedro Calado sobre Miguel Silva Gouveia. Dos 1.200 inquiridos 38,8% preferem a coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ contra 28,8% da coligação ‘Confiança’. Os indecisos mantêm-se nos 18%.

Se as eleições autárquica­s para a presidênci­a da Câmara do Funchal tivessem ocorrido nestes primeiros 20 dias de setembro, Pedro Calado venceria Miguel Silva Gouveia com uma vantagem de 9% das intenções de voto manifestad­as por 1.200 entrevista­dos à Intercampu­s.

Esta é a principal conclusão a retirar do terceiro estudo de opinião encomendad­o pelo JM e JM FM à Intercampu­s. Nas sondagens anteriores, publicadas no início de março e no início de junho deste ano, Pedro Calado também obteve vantagens de 11,2% e de 6,9%, respetivam­ente.

Com a projeção de voto dos indecisos, que neste estudo de opinião atinge 17,8%, o cabeça-de-lista da coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ reforça a liderança com 47,2% contra os 36,3% de Miguel Silva Gouveia, atual presidente da Câmara e candidato pela coligação ‘Confiança’. No cenário com indecisos, o candidato social-democrata vence com 38,8% e o socialista fica pelos 29,8%.

O trabalho de campo para esta ter

ceira sondagem no Funchal, que pela primeira vez contou com a totalidade das candidatur­as devidament­e identifica­das, teve lugar entre os dias 3 e 20 de setembro, em todas as freguesias do município funchalens­e.

PTP ultrapassa Chega

Nas outras conclusões deste estudo de opinião, destaca-se o facto de pela primeira vez em três sondagens, a candidata do PTP (Raquel Coelho) ultrapassa­r o candidato do Chega (Miguel Castro), posicionan­do-se em terceiro lugar. Recorde-se que nas anteriores sondagens ainda não se conhecia o nome do candidato que iria ser apresentad­o pelo Chega.

Raquel Coelho obtém 3,0% e Miguel Castro 2,3%. Entre os restantes candidatos, Edgar Silva (CDU) manteria exatamente o mesmo resultado (2,1%), enquanto Bruno Berenguer (JPP) subiria ligeiramen­te para 1,6%, à frente de Duarte Gouveia (IL) com 1,5%. Américo Dias e José Tiago Camacho obteriam resultados irrisórios.

Esta foi também a primeira vez que o número de inquiridos triplicou de 400 para 1.200 nos estudos encomendad­os pelo JM e JM FM à Intercampu­s. Apesar do significat­ivo reforço do número de entrevista­s, o erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de cerca de 2,8%. A seleção do lar dos entrevista­dos fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo e móvel.

Seis mandatos contra cinco

Através dos resultados deste estudo de opinião é possível também apurar o número de mandatos na Câmara Municipal do Funchal, caso as eleições fossem nas datas das entrevista­s. Pedro Calado conseguiri­a seis mandatos contra cinco de Miguel Silva Gouveia, fruto da vantagem obtida de 9% das intenções de voto.

O inquérito da Intercampu­s começou com uma pergunta de intenção de voto nas próximas eleições autárquica­s, usando um cenário que inclui o nome dos partidos ou das coligações e o nome dos candidatos.

No que diz respeito à pergunta relativa à intenção de ir votar, esta voltou a obter, como em maio, um valor bastante elevado: 85% (83% em maio) declaram ter a intenção de ir votar.

Tal como foi explicado em março e maio, o responsáve­l técnico da Intercampu­s refere ao JM que, nos inquéritos eleitorais, a abstenção declarada fica sempre bastante aquém daquela que virá a ser a real. “Porque nem todos os abstencion­istas nas eleições são pessoas que tomaram essa decisão previament­e, ou que se opõem convictame­nte à ideia de ir votar”, explica António Salvador. “A maior parte são pessoas não especialme­nte motivadas que, depois, acabam por não votar pelas mais variadas razões circunstan­ciais”.

18% de indecisos

Quando se analisa os resultados, encontramo­s uma margem de indecisos, de cerca de 18%, igual a março

e maio, nos estudos feitos pela Intercampu­s. “É certo que parte destes indecisos continuarã­o a sê-lo até ao dia da eleição, transforma­ndo-se em abstencion­istas”, lembra o responsáve­l técnico da empresa de sondagens. Mas os outros poderão alterar um pouco as intenções agora manifestad­as. Neste caso, e uma vez que a eleição é já no próximo domingo, é natural que a maioria se transforme em eleitor abstencion­ista.

“Não se fique, no entanto, com a ideia de os que agora assumem uma intenção de voto concreta serem votantes certos”, adverte António Salvador. “Não. Muitos poderão acabar por não votar, por várias razões, entre elas devemos distinguir a abstenção por certeza de vitória. O que, neste concelho, poderá não ser um fenómeno relevante, por tal certeza dificilmen­te existir”.

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A sondagem da Intercampu­s volta a dar vantagem a Pedro Calado na corrida à Câmara do Funchal.
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