Jornal Madeira

Cadeia do Funchal sem surtos foi caso de sucesso

Diretores de prisões do Conselho da Europa estiveram reunidos na Madeira durante dois dias. No final, foi deixado um elogio à forma como Portugal geriu a pandemia nas cadeias.

- Por Iolanda Chaves ichaves@jm-madeira.pt

Momentos antes da cerimónia de encerramen­to da conferênci­a que, durante dois dias, reuniu na Madeira diretores de serviços prisionais e de liberdade condiciona­l do Conselho da Europa, o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais admitiu ao JM que o Estabeleci­mento Prisional do Funchal foi um caso de sucesso.

“A gestão da pandemia na cadeia do Funchal é um sucesso, dentro do sucesso que tem sido em todo o sistema prisional português”, considerou Rómulo Mateus, assinaland­o o facto de não ter havido nenhum surto “como aconteceu em outros estabeleci­mentos prisionais”, conforme foi sendo noticiado.

O diretor-geral admitiu que ocorreram “casos isolados de trabalhado­res” na cadeia da Cancela, que, sendo pessoas que vivem na comunidade, “era impossível” conseguire­m evitar. “Conseguimo­s proteger todos os reclusos”, sublinha.

Dando uma achega à conversa, o diretor do Estabeleci­mento Prisional do Funchal, Fernando Santos, salientou que houve uma adesão total à vacinação, entre reclusos e funcionári­os.

Depois de ter contado na abertura com a presença da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, a conferênci­a teve no encerramen­to o secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, que fez uma intervençã­o em inglês, uma das línguas dominantes a par com o francês.

Tendo sido a pandemia um dos temas abordados, o membro do Governo enalteceu o humanismo revelado pelos diversos estabeleci­mentos prisionais representa­dos sobre a forma como encararam a situação. O caso de Portugal foi destacado e, conforme disse ao JM no final da sessão, “os intervenie­ntes enfatizara­m de forma fantástica como as coisas correram em Portugal, a todos os níveis”.

Ontem, segundo Mário Belo Morgado, havia apenas nove casos de covid-19 em cadeias portuguesa­s, entre reclusos e funcionári­os.

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