Saldo negativo podia ter sido três vezes mais
O presidente da ACIF diz que o momento agora é de “reação” e de olhar o futuro com otimismo. Várias propostas já foram apresentadas a pensar na retoma.
A ACIF- Associação de Comércio e Indústria do Funchal registou em 2020 um saldo negativo que rondou os 33 mil euros, mas ainda assim é quase três vezes menos do que era esperado tendo em conta a situação pandémica que paralisou grande parte dos mercados.
Ontem, no final da Assembleia Geral de apresentação e aprovação do relatório de contas relativas a 2020, o presidente da ACIF, Jorge Veiga França, reconheceu que 2020 foi um ano muito difícil para a economia, mas que, graças ao trabalho desenvolvido e otimização dos resultados em cada uma das áreas de atuação, os prejuízos não foram aqueles que eram aguardados.
Recordando que, por conta da pandemia, muitos dos grandes eventos foram cancelados, dando como exemplo a Expomadeira, ou reduzidos a formatos digitais, como aconteceu com o Dia do Empresário, o responsável admitiu que estes reajustamentos trouxeram, naturalmente, dificuldades financeiras, mas que tinham de ser feitos em nome da segurança e saúde pública.
Jorge Veiga França aproveitou por isso para agradecer aos associados pela “compreensão que tiveram” e por terem estado com a ACIF “neste momento tão difícil”, salientando ter havido também “um exercício muito grande na gestão da dívida desta casa.
Numa altura em que a retoma económica já se faz sentir na Região, com agosto deste ano a bater os números de 2019 – como o próprio fez questão de ressalvar –, a altura agora é de “reação” e de “união”.
“Há boas perspetivas e com estas adversidades fomos buscar outras vias eventuais de criação de riqueza adicional”, salientou Veiga França, anunciando que já foram apresentadas várias propostas nesse campo.
“Algumas já foram ouvidas pelo Governo [Regional] e vamos pô-las em prática”, revelou, argumentando que, com essa ação, “vamos ter uma melhor economia e uma melhor Região, com uma atividade cada vez melhor, otimizando aquilo que é possível otimizar, evitando, no futuro, surpresas como esta que a covid-19 nos trouxe”.