Pediatra para recuperar a “vitalidade da cidade”
Sim, é verdade que só agora entro na política e faço-o por várias razões. Desde logo, porque me identifiquei não só com o desafio que me foi proposto, mas, sobretudo, com a equipa apresentada. Faço-o porque reconheço no Dr. Pedro Calado uma pessoa competente, dinâmica, lutadora e dedicada e porque sinto a vitalidade desta cidade a decair e é necessário inverter essa tendência. Mas também aceitei este convite porque senti que merecia que voltasse a sair da minha zona de conforto e procurar continuar a ajudar. E o meu propósito é, também, dar continuidade ao trabalho que tem sido muito bem desempenhado pelo Dr. Mário Rodrigues. E são estes os principais fatores de motivação que me fizeram aceitar integrar esta candidatura
José Luís Lu Nunes é o candidato da coligação coligaçã ‘Funchal Sempre à Frente’, que junta jun PSD e CDS, para presidir à Assembleia Assemb Municipal do Funchal no próximo quadriénio. Médico-pediatra, José Luís Nunes nasceu em Santa Maria Maior, M no Funchal, e reside na freguesia freguesi de Santa Luzia. Casado, pai de dois filhos, licenciou-se em Medicina dicinan na Universidade de Coimbra, sendo especialista e em pediatria com a subespecialidade subesp de neonatologia.
Do seu s currículo destacam-se os serviços na área pediátrica do Hospital do Funchal, Fu onde foi coordenador da Unidade Unid de Cuidados Neonatais e Pediátricos. Pediá Pertenceu às direções nacionais naciona da Sociedade Portuguesa de Pediatria Pedi e da Sociedade Portuguesa de d Neonatologia. Atualmente, exer exerce funções na unidade de neonatologia neonato do Hospital Dr. Nélio Mendonça, Mendon sendo adjunto na direção clínica nessa n área.
Esta será a sua primeira incursão pela pe área política, mas não lhe parece pare que possa constituir um handicap. han Bem pelo contrário, a ap proveniência da ‘sociedade civil’, sem ‘vícios’ e com uma experiência de vida em muitas áreas de intervenção serão mais-valias e nunca desvantagens, consoante fica patente na conversa mantida com o JM.
José Luís Nunes considera que a caraterística geral de um presidente de Assembleia Municipal é ter d de “ser e estar presente, além d de ser sério, isento, saber ouvi vir e, não menos importante, ser justo”. ju Considera reunir todas essas virtudes, v mesmo ressalvando que “não sou a melhor pessoa para m me avaliar”. Ainda assim, no que res respeita ao complemento dessas caraterísticas cara gerais, proclama-se possuidor de “disponibilidade constante, dedicação às causas que abraço e vontade de ajudar o próximo sem esperar nada em troca”, tributos que “podem ser uma mais-valia” no exercício das funções a que se propõe.
A crescente bipolarização não obrigará, necessariamente, a uma maior dificuldade na liderança dos trabalhos. “Depende da bipolarização. É normal haver discordância e divergência de opiniões. E isso até é positivo, se for na medida certa. Mas há uma coisa que não pode ser beliscada por isso, que é o interesse e o bem dos munícipes. É importante, portanto, que haja responsabilidade. Confio que é isso que vou encontrar se for eleito”, justifica.
Em sequência, e mesmo sendo o líder da Assembleia eleito por partidos ou coligações, a imparcialidade nunca estará em causa, evocando esse seu passado sem ‘vícios políticos’. “Eu nunca fui político. Fiz o meu percurso de vida até então com um só propósito: o bem comum e isso não tem partido. Não tem sequer esquerda ou direita. E essa será sempre a minha prioridade, zelar pelo bem de todos”, assegura.
José Luís Nunes concorda que há que fazer mais e melhor para tornar o exercício político, e também de cidadania, mais atrativo às populações e que sim, que o presidente da Assembleia Municipal tem papel ativo nessa tarefa. Explicando, “antes de qualquer coisa, tem de dar o exemplo. Tem de mostrar que nunca é tarde para se exercer o seu direito/ dever de cidadania”. E tem ainda que “mostrar que nem tudo na política é por interesse e com segundas intenções, mostrar que todos podemos ter voz e todos somos importantes para decidir o nosso presente, mas sobretudo para salvaguardar o futuro dos mais novos”, revendo-se nestes pressupostos.
Assim, “faz todo o sentido a transmissão em direto das sessões da Assembleia Municipal, através das redes da própria autarquia. As pessoas hoje em dia procuram estar muito mais informadas. Querem ter direito a saber para poderem decidir, querem transparência, E nós não temos nada a esconder”.
Será fácil conciliar a sua atividade profissional com a presidência? José Luís Nunes reage que “essa é uma condição de que nunca abrirei mão e não deixarei de exercer pediatria. Continuarei a fazer o que me realiza há mais de 40 anos, a cuidar dos mais pequenos”. Quanto à conciliação, “tudo é fácil quando se tem vontade. Quando se quer muito, e eu quero muito. É apenas uma questão de pretender continuar a retribuir às pessoas tudo aquilo que elas que me têm dado. Não tenciono defraudar nunca quem confia em mim. Seja ao nível profissional, seja agora neste novo desafio”.
E se não vencer, ocupará o cargo de deputado municipal. Primeiro reconheceu que “eu estou confiante que vou ganhar pelo que não tinha colocado outra hipótese”, mas garantiu que “sim, desempenharei as funções que me forem destinadas pelas pessoas que em mim votarem. Não faz sentido, depois de me confiarem o voto, recusar o que quer que seja. Estarei como sempre tenho estado na minha vida pessoal e profissional. Disponível para o que acharem que posso ser útil”.
No confronto direto com Madalena Nunes, não deteta desvantagem no que toca a Assembleias Municipais, mas faz notar que “os meus adversários são todos os candidatos e não só a Dr.ª Madalena. Considero-os todos por igual, merecendo o maior respeito”. Quanto “à experiência da candidata em questão, não creio que seja uma vantagem tão grande quanto possa parecer. A experiência ganha-se. Não nasci médico, formei-me. Não tinha experiência quando comecei, ninguém tem. Mas com ou sem experiência a vontade é de ajudar”.
Muito por força da sua condição de pediatra, traz consigo uma estreita relação com famílias funchalenses. Tal pesará na hora do voto? “O médico e o presidente da Assembleia são ambos por livre escolha, mas completamente distintos”, releva. Desanuviando, “esse tal peso seria importante caso as eleições fossem daqui a 15 anos e muitos tivessem atingido a maioridade, ou a votação fosse aberta aos menores. Como não é assim, nada feito”. Mas, “mais a sério, direi que mais do que essa ligação que me une a muitas famílias, o voto tem de ser em consciência e não em simpatia”.
Um presidente terá sempre de ser, e estar, presente, além de ser sério, isento, saber ouvir e, não menos importante, ser sempre justo.