“Regresso da TAP à Venezuela é uma situação complicada”
Christine Ourmières-widener, nova presidente executiva da TAP, explicou que a resolução da complexa situação das ligações à Venezuela não está nas mãos da transportadora aérea lusa.
Christine Ourmières-widener, presidente executiva da TAP, foi ouvida no Parlamento português e não fugiu à questão em torno do regresso da transportadora à Venezuela.
A nova presidente executiva admitiu que esta é uma situação complicada, e que a resolução da mesma não está nas mãos da TAP.
“Eles têm uma série de exceções, como o caso do Natal, e nós vamos usá-las ao máximo para ir ao encontro das necessidades das comunidades [portuguesas]”, afirmou.
Ouvida pela primeira vez no Parlamento, Christine Ourmières-widener salientou que tudo está a ser feito para que a companhia seja sustentável. E embora não tenha fechado a porta a uma mudança de estratégia face a algumas rotas, sublinhou que os voos e os seus destinos são decididos em função da sua viabilidade económica.
Importância para a diáspora
A presidente executiva da companhia aérea frisou, ainda, que, enquanto especialista da indústria da aviação, não pode “apoiar o desaparecimento” da TAP, sublinhando sua importância para a diáspora portuguesa espalhada pelo mundo.
“Quanto a quem fala do desaparecimento da TAP, eu, enquanto especialista, não posso apoiar esse desaparecimento, porque a TAP serve destinos críticos para o país, não só nas ilhas, mas na diáspora espalhada pelo mundo”, defendeu. E acrescentou: “É uma missão que nós queremos cumprir de forma rentável e sustentável. Este serviço faz parte da nossa natureza. É preciso não esquecer que representamos comunidades que estão ligadas a um país por uma companhia aérea”, assegurou.
A gestora, que foi nomeada para a TAP em junho passado, esteve a ser ouvida esta terça-feira na comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.