Costa quer desenvolvimento de “cluster ferroviário” no País
António Costa afirmou que o Governo procedeu à reativação das oficinas de Guifões, em Matosinhos, onde vai ser instalado um novo centro de competências ferroviário.
O secretário-geral do PS, António Costa, salientou ontem que pretende que se desenvolva, em Portugal, um “novo cluster ferroviário” e “uma nova indústria nacional da ferrovia” que permita ao País ter uma “economia mais desenvolvida” que produza comboios.
Falando na estação ferroviária de Cascais, após uma viagem de comboio que começou no Cais de Sodré, António Costa relembrou que, em julho, o Conselho de Ministros autorizou “a maior aquisição alguma vez feita pela Comboios de Portugal (CP) de material circulante”, que incluiu também a aquisição de 117 novas automotoras.
Depois de ter percorrido toda a linha ferroviária de Cascais, o secretário-geral do PS relembrou que o material circulante da linha “tem mais de 50 anos, é um dos mais antigos do país, e já não é possível ser renovado, porque já não há quem produza” as carruagens e “é difícil encontrar a forma de as manter”.
Salientando assim que é necessário proceder-se à “substituição integral das composições por novas composições” na linha de Cascais, António Costa voltou a referir-se à resolução do Conselho de Ministros de julho para referir que, das 117 novas automotoras adquiridas, “34 destinam-se precisamente à linha de Cascais, para substituir as 29 que estão atualmente em operação”.
“É o maior investimento da CP, mas desejamos também que seja um fortíssimo impulso para o desenvolvimento em Portugal de um novo ‘cluster’ ferroviário”, destacou o também primeiro-ministro.
Nesse sentido, António Costa afirmou que o Governo procedeu à reativação das oficinas de Guifões, em Matosinhos, onde vai ser instalado um novo centro de competências ferroviário.
“Desejamos que, a partir daí, se construa uma nova indústria nacional da ferrovia e que esta grande encomenda da CP permita não só às populações ter melhor serviço ferroviário, mas também ao país ter uma economia mais desenvolvida, mais moderna, produzindo também comboios, e não só importando comboios”, salientou.