Taxa de poupança das famílias cai para 11,5%
A taxa de poupança das famílias caiu para 11,5% do rendimento disponível no segundo trimestre do ano, refletindo o aumento de 4,4% do consumo privado, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"No 2.º trimestre de 2021, a capacidade de financiamento das famílias diminuiu 2,3 pontos percentuais (p.p.), para 5,2% do PIB e a taxa de poupança fixou-se em 11,5% (14,2% no trimestre anterior), refletindo sobretudo o crescimento de 4,4% do consumo privado (-1,8% no trimestre anterior)", indica o INE.
No trimestre anterior, a taxa de poupança das famílias tinha atingido o valor mais alto de sempre (14,2%), refletindo uma redução do consumo durante os primeiros três meses do ano, em que foi decretado um confinamento geral devido à pandemia.
A redução da taxa de poupança no 2.º trimestre "foi consequência do aumento de 4,4% da despesa de consumo (variação de -1,8% no trimestre anterior), que mais que compensou o aumento de 1,3% do rendimento disponível", indica o INE.
As remunerações e as outras transferências correntes contribuíram em 1,5 e 0,1 pontos percentuais (p.p.) para a queda, respetivamente.
Já o saldo positivo dos rendimentos de propriedade registou uma redução, o que se traduziu num contributo negativo de 0,2 p.p. para a variação do rendimento disponível.