Paulo Cafôfo demite-se
Paulo Cafôfo apresentou ontem a sua demissão de presidente do PS Madeira encerrando um ciclo que teve início em 2013, quando o desconhecido professor de História se candidatou e venceu a Câmara Municipal do Funchal. Cafôfo não resistiu à quarta derrota do PS.
Os resultados positivos na Ponta do Sol, Machico e Porto Moniz ontem não foram suficientes para suplantar a pesada derrota na capital madeirense, onde a Coligação Confiança perdeu a Câmara, a Assembleia Municipal e nove das dez juntas de freguesia.
“Anuncio aqui aos madeirenses e porto-santenses que me demito de presidente do PS Madeira, provocando obviamente eleições e congresso para uma nova liderança. Isto significa que não serei candidato a um novo mandato nas eleições que se irão seguir”, referiu, numa declaração sobre os resultados eleitorais a partir da sede do partido.
Ladeado por Miguel Iglésias, Cafôfo anunciou também que irá deixar o cargo de deputado na Assembleia Legislativa da Madeira.
“Em política temos de ser coerentes. Eu estou a ser coerente com a minha pessoa, com o meu caráter e tenho uma dignidade que não sai beliscada”, justificou o líder demissionário.
Cafôfo justificou a saída com os resultados abaixo dos objetivos. “Nós, PS, não atingimos os resultados que esperaríamos; eu não atingi os objetivos a que me tinha proposto para estas eleições, e há um facto indesmentível: o PS não ganhou estas eleições”, nem foi “bem sucedido”.
“Ao contrário de outros, sei que a política é uma missão e sei que a minha missão, neste contexto e face a estes resultados, chegou ao fim”, referiu.
Ainda assim, Paulo Cafôfo voltou a dizer que a democracia na Região é “áspera”. Disse que sai “de cabeça erguida” e mostrou-se “muito orgulhoso do trabalho, do empenho e da dedicação de todos ao longo destes meses”.
Felicitou os presidentes eleitos do PS e os presidentes de outras cores políticas, prometendo “escrutínio” e uma ação “prepositiva”.