Garcês, não há duas sem três
Depois de em 2013 e 2017, de entre os 11 concelhos da Região, ter sido o presidente de Câmara eleito com maior percentagem de votos (64,69% e 79,20%, respetivamente), desta feita foi por muito pouco que o expetável vencedor José António Garcês não repetiu a façanha. Os 70,48% obtidos nestas Autárquicas representam a segunda maior vitória por município, só atrás de Carlos Teles, que na Calheta alcançou 71,60%.
Não obstante ter perdido 8,72% em relação à votação anterior – menos 277 votos –, o certo é que a candidatura Unidos Por São Vicente, desta feita com a ‘benção oficial’ do PSD e CDS, voltou a repetir o pleno de cinco mandatos na autarquia. Fenómeno único na Região nos próximos quatro anos.
No discurso de vitória, José Antó
PERCENTAGEM nio Garcês diz que tem consciência da responsabilidade que lhe “colocaram em cima dos seus ombros”, garantindo que a sua equipa está preparada para pôr “São Vicente novamente à frente”.
“É a vitória do projeto e das pessoas que gostam muito da sua terra e que trabalharam muito durante estes oito anos para que São Vicente fosse um concelho mais desenvolvido. Durante as eleições há muita coisa que se diz, parece que está tudo mal, mas o povo foi soberano
70%
e hoje [ontem] mostrou claramente que confia neste projeto e nestas pessoas”, afirmou o autarca, logo após a confirmação da vitória. “É um mandato em que nós todos vamos trabalhar ainda mais do que nos anteriores. Pessoalmente sinto energia para cumprir o terceiro, e último, mandato e dar o meu contributo pelo meu concelho com ainda mais força e empenho”, concluiu.
Também ao nível das três assembleias de freguesia, o triunfo foi em toda a linha para a coligação PSD/CDS. Joaquim Camacho, na Boaventura, e Miguel Freitas, na Ponta Delgada, dizem que os resultados refletem o trabalho desenvolvido durante oito anos. Já Conceição Ferreira, eleita pela freguesia de São Vicente, garantiu “proximidade, aposta no social e no turismo de natureza” para os próximos quatro anos.
No que concerne à Assembleia Municipal, a coligação CDS/PSD elegeu 12 deputados, a Iniciativa Liberal dois e o PS apenas um.
A Iniciativa Liberal confirmou aquilo que se ia ouvindo em surdina nos últimos dias ao tornar-se a segunda força política do concelho, já o PS cai para terceiro, com menos 130 votos do que há quatro anos. Ao JM, apesar do desaire, a cabeça-de-lista Helena Freitas mostrou satisfação pelo trabalho desenvolvido e pelas ideias propostas durante a campanha. “Infelizmente sabemos como é que funcionam as coisas, o dinheiro fala mais alto. Agora há que continuar a desenvolver o nosso trabalho”, assegurou a socialista.