A RESSACA, AS MUDANÇAS, A FATURA E O AVISO A SÃO VICENTE
Depois de uma campanha eleitoral tão intensa, adivinham-se dias de prolongada ressaca. De dificuldade em estabelecer contactos, em recolher comentários, até mesmo em perceber o que se passou em algumas autarquias. Tudo isso aconteceu ontem, com leituras para todos os gostos e feitios.
O que não se esperava tão cedo e tão resumidamente anunciado era a mudança governamental. As mudanças, melhor dizendo. De uma assentada só, Miguel Albuquerque opera curiosas alterações. Sai Augusta Aguiar, regressa Rita Andrade. As políticas de longevidade mudam de pasta e a IHM também. Mudança é também a fase que experimenta o Ps-madeira. Com o anúncio da saída de Paulo Cafôfo, o partido procura novo líder. Haverá certamente vários nomes disponíveis, mas só Carlos Pereira não exclui uma candidatura.
A fatura é a que se refere ao que já foi pago por Lisboa das obras do novo hospital. E aqui com a curiosidade da esperteza linguística em que o primeiro-ministro anuncia o pagamento de 3,3 milhões. Afinal, esse montante até existe, mas a República paga metade. Uma espécie de meia verdade.
Por fim, o aviso a São Vicente. Um dia depois das eleições, sabe-se que uma das grandes obras reclamadas e anunciadas pela Câmara de São Vicente vai penar muito até sair da gaveta. Para já, são exigidos estudos e mais estudos. Uma espécie de adiamento a fazer lembrar a estrada das Ginjas.