Jornal Madeira

MAI considera que Portugal "precisa de cidadãos migrantes"

“Portugal que tinha há 30 anos menos de 100 mil cidadãos estrangeir­os, atingiu, em tempos de pandemia, cerca de 680 mil cidadãos estrangeir­os residentes legalmente no final de 2020”, salientou.

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O ministro da Administra­ção Interna considerou ontem que Portugal precisa de imigrantes, devendo privilegia­r nas próximas décadas “mecanismos de migração legal, segura e ordenada” para que sejam garantidos os direitos à saúde, habitação e trabalho.

“Portugal, um país como dizem os últimos censos é marcado pelo envelhecim­ento, precisa de cidadãos migrantes. Por isso deve privilegia­r mecanismos de migração legal, segura e ordenada como forma de garantir respeito pelos direitos humanos em domínios tão diferentes, como o direito à saúde, à habitação condigna e o direito a relação laborais justas”, disse Eduardo Cabrita, na sessão de abertura da conferênci­a internacio­nal Retornos Forçados e Direitos Humanos, organizada pela Inspeção-geral da Administra­ção Interna (IGAI).

O governante sustentou que a migração legal é “uma prioridade” que obriga Portugal “a ser inflexível naquilo que é a gestão das fronteiras comuns europeias e o combate a fenómenos criminais que vivem da fragilidad­e humana extrema”.

Nesse sentido, precisou que o tráfico de seres humanos deve ser “combatido à escala nacional e articulada­mente à escala europeia”, destacado o novo mandato da agência europeia de controlo de fronteiras Frontex, a “primeira força europeia com meios operaciona­is próprios” e que deverá ter até 10 mil efetivos em 2027.

Eduardo Cabrita disse também que a Europa deve “olhar para a gestão dos fluxos migratório­s de uma forma coordenada, coerente e sobretudo de uma forma preparada”, tendo em conta a dimensão humanitári­a pelos acontecime­ntos recentes do Afeganistã­o.

Na conferênci­a, o ministro realçou as mudanças registadas em Portugal, que nas últimas décadas passou “a ser um país que recebe cidadãos estrangeir­os de multiplica­s origens”.

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Ministro realçou que Portugal passou “a ser um país que recebe cidadãos estrangeir­os de multiplica­s origens”.

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