Madeira já leciona o 3.º ano de Medicina
Ontem foi um dia histórico para a Educação e para a Saúde na Madeira. O tema entronca na Medicina que, após algumas ‘falsas partidas’, tem já em funcionamento o terceiro ano na Madeira, ao abrigo do protocolo com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Universidade da Madeira, com a colaboração do Governo Regional, através de uma comparticipação de 120 mil euros, e logística via SESARAM.
A cerimónia protocolar incluiu uma visita à sala e laboratórios usados neste curso, que ‘todos’ esperam que não demore tanto tempo em avançar para os cinco anos na Região. O curso na UMA teve o seu primeiro ano em 2004, pelo que se passaram 17 anos até à subida deste degrau, de dois anos para três anos. Aliás, Sílvio Fernandes, reitor da UMA, solicitou mesmo “concertação de vontades para prosseguir este processo”.
“É um momento importante para a Região e para a UMA. Conseguimos agora ter o terceiro ano do curso de Medicina na Madeira, que vem facilitar a vida aos nossos alunos”, referiu Miguel Albuquerque, que teve Pedro Ramos a seu lado.
O esforço financeiro neste terceiro ano será, então, de “120 mil euros”, mas, acentua o presidente do Governo Regional, “é um investimento muito importante, quer para a formação dos nossos jovens médicos, quer também para o futuro do Sistema Regional de Saúde. A maioria destes médicos será depois formada aqui”.
Sim, confirmou a teoria, “o facto
ALUNOS de se formarem aqui pode significar que depois queiram cá ficar, mas há também o facto de este curso estar aberto a estudantes de fora, bem como a vantagem de ter um número mais reduzido de alunos”, resultando que “o curso é ministrado com muita qualidade. A UMA é universalista e, neste caso, está a formar médicos que podem exercer em qualquer lado, mas a nossa ideia é ter sempre um recrutamento e um rejuvenescimento do SRS”.
“Não queremos uma universidade provinciana”, aludindo à atratividade de acolher alunos de fora, lembrando o boom tecnológico a partir de 2007, ao qual a Madeira tem correspondido, na sua opinião. “Os dados dizem que 27 empresas tecnológicas da Região faturam já 100 milhões de euros”, comparando que “o Turismo vale “400 ME”.
E promete continuar a investir no aproveitamento dessa evolução tecnológica, evocando a fatia do PRR a investir neste segmento e ainda que o novo hospital terá uma área na ordem dos 5.000 metros quadrados para a investigação.
20 Iniciaram o curso em 2019/20 e optaram por ficar na Região mais um ano, sendo que a permanência é facultativa.