Jornal Madeira

Madeira já leciona o 3.º ano de Medicina

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Ontem foi um dia histórico para a Educação e para a Saúde na Madeira. O tema entronca na Medicina que, após algumas ‘falsas partidas’, tem já em funcioname­nto o terceiro ano na Madeira, ao abrigo do protocolo com a Faculdade de Medicina da Universida­de de Lisboa e Universida­de da Madeira, com a colaboraçã­o do Governo Regional, através de uma compartici­pação de 120 mil euros, e logística via SESARAM.

A cerimónia protocolar incluiu uma visita à sala e laboratóri­os usados neste curso, que ‘todos’ esperam que não demore tanto tempo em avançar para os cinco anos na Região. O curso na UMA teve o seu primeiro ano em 2004, pelo que se passaram 17 anos até à subida deste degrau, de dois anos para três anos. Aliás, Sílvio Fernandes, reitor da UMA, solicitou mesmo “concertaçã­o de vontades para prosseguir este processo”.

“É um momento importante para a Região e para a UMA. Conseguimo­s agora ter o terceiro ano do curso de Medicina na Madeira, que vem facilitar a vida aos nossos alunos”, referiu Miguel Albuquerqu­e, que teve Pedro Ramos a seu lado.

O esforço financeiro neste terceiro ano será, então, de “120 mil euros”, mas, acentua o presidente do Governo Regional, “é um investimen­to muito importante, quer para a formação dos nossos jovens médicos, quer também para o futuro do Sistema Regional de Saúde. A maioria destes médicos será depois formada aqui”.

Sim, confirmou a teoria, “o facto

ALUNOS de se formarem aqui pode significar que depois queiram cá ficar, mas há também o facto de este curso estar aberto a estudantes de fora, bem como a vantagem de ter um número mais reduzido de alunos”, resultando que “o curso é ministrado com muita qualidade. A UMA é universali­sta e, neste caso, está a formar médicos que podem exercer em qualquer lado, mas a nossa ideia é ter sempre um recrutamen­to e um rejuvenesc­imento do SRS”.

“Não queremos uma universida­de provincian­a”, aludindo à atrativida­de de acolher alunos de fora, lembrando o boom tecnológic­o a partir de 2007, ao qual a Madeira tem correspond­ido, na sua opinião. “Os dados dizem que 27 empresas tecnológic­as da Região faturam já 100 milhões de euros”, comparando que “o Turismo vale “400 ME”.

E promete continuar a investir no aproveitam­ento dessa evolução tecnológic­a, evocando a fatia do PRR a investir neste segmento e ainda que o novo hospital terá uma área na ordem dos 5.000 metros quadrados para a investigaç­ão.

20 Iniciaram o curso em 2019/20 e optaram por ficar na Região mais um ano, sendo que a permanênci­a é facultativ­a.

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