7.500 motociclos vão passar a ser inspecionados
A medida surge na sequência do término do prazo para a transposição da legislação europeia de Portugal, a 31 de dezembro deste ano, e já estava prevista há quase uma década.
Em breve, cerca de 7.500 motociclos na Região passarão a ter de realizar inspeções periódicas. Pelo menos é essa a estimativa avançada ao JM pela Direção Regional de Economia e Transportes Terrestres (DRETT), que mais esclarece que esta obrigatoriedade irá recair sobre os motociclos, triciclos e quadriciclos com mais de 125 cilindrada (cc), sem, no entanto, clarificar a data do seu arranque.
Recorde-se que o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, em declarações ao Jornal de Negócios, anunciou, no passado mês de setembro, que a partir de 1 de janeiro de 2022 será obrigatória a inspeção de “todas as motas de 125 centímetros cúbicos para cima". Até então, apenas os veículos de duas rodas com cilindrada superior a 250cm3 é que realizavam esta avaliação.
Esta alteração surge na sequência do término do prazo para a transposição da legislação europeia de Portugal a 31 de dezembro deste ano e já quase 10 anos depois de a medida ter sido aprovada pelo Governo.
No entanto, para já, este decreto-lei ainda está em circuito legislativo, aguardando a sua aprovação em Conselho de Ministros em breve, conforme afiançou o governante.
Ao JM, a DRETT, liderada por Isabel Rodrigues, ressalvou a importância deste alargamento da inspeção a mais veículos de duas rodas, sublinhando que esta é uma medida de prevenção e mais um passo para uma maior segurança nas estradas madeirenses.
“Embora estejamos conscientes de que, por si só, não irá resolver a sinistralidade rodoviária envolvendo este tipo de viaturas, não deixa de ser mais um instrumento que poderá contribuir para a melhoria das condições de circulação deste tipo de veículos e, consequentemente, contribuir também para uma maior garantia de segurança e, eventualmente, um menor número de acidentes”, apontou este gabinete.
Já quando questionada sobre se são necessárias readaptações nos centros de inspeção da Região para atender a esta nova medida, a DRETT garantiu que estes serviços “tomarão as diligências necessárias quando a legislação for conhecida, de forma a agir em conformidade”.
“Os inspetores serão formados de acordo com a legislação e devidamente acreditados, bem como os respetivos equipamentos”, acrescentou ainda.