Alívio das restrições está nas mãos dos indecisos
A Região já atingiu os 81% da população totalmente vacinada, mas os indecisos estão a atrasar a meta dos 85%. O próximo passo a ser tomado no alívio de medidas dependerá destes.
A Madeira estava, no final da semana passada, com 81% da população elegível totalmente vacinada contra a covid-19. A meta continua a ser os 85%, de modo a ser analisado o alívio das restrições pelas entidades competentes. A procura pela vacinação está mais lenta, dada a percentagem “excecional” que o arquipélago atingiu e, a esse nível, está nas mãos dos indecisos a Região atingir os 85% para o alívio das medidas.
Como sublinhou o diretor regional de Saúde em declarações ao JM, “será mais fácil para as autoridades de saúde determinarem uma diminuição das medidas restritivas” se 85% da população estiver totalmente inoculada.
Ou seja: “o próximo passo a ser tomado nesta matéria dependerá da população, do seu comportamento e da vacinação. O cidadão é que vai determinar as decisões políticas”, sempre de acordo com a evolução epidemiológica.
Todavia, “com o passar do tempo, temos notado que há cada vez menos pessoas para vacinar e ainda existe um grupo de indecisos e de algumas pessoas que recusam ser vacinadas”, reconheceu o responsável pela task force regional da vacinação. É estes que a Saúde regional tem vindo agora a procurar sensibilizar. “A vacina protege, não há internamentos graves, a mortalidade baixou. Mais evidente do que isso não há”, expressou.
Herberto Jesus lembrou que, segundo os últimos dados estatísticos nacionais, já deste ano de 2021 – e agora seguidos pela Direção-Geral de Saúde para os critérios e boletins de contabilização das pessoas vacinadas e por vacinar - a
Região tem cerca de 250 mil habitantes. Do público alvo elegível para a vacina contra a covid-19, “é fenomenal” que 81% já tenha a vacinação completa, como enalteceu Herberto Jesus. “Queremos ter mais, chegar aos 85%, mas termos mais de 80% já é um marco histórico”.
Por isso, reafirmou: “caberá às pessoas pensar se querem participar nesta causa e nesta batalha regional ou se querem pôr-se à parte para ver o que acontece”, enfatizou, apelando à “consciência de comunidade e sobrevivência”.
Confrontado com o início da terceira fase do desconfinamento no continente com a abertura, por exemplo, das discotecas, a partir de amanhã, Herberto Jesus disse que a realidade regional é dife
rente pelas suas especificidades, nomeadamente demográficas e de proximidade e de socialização. “O risco de transmissão em regiões com muitas pessoas é muito maior. É por isso que as medidas continuam um pouco mais restritivas, seguindo o princípio da precaução”. E voltou a reafirmar: “é mais fácil tomar decisões com 85% da população vacinada”.