Jornal Madeira

Tecnológic­as geram 211 milhões de euros

Entre 2008 e 2019, as empresas com atividades de tecnologia­s da informação e da comunicaçã­o passaram de um volume de negócios da ordem dos 94,6 milhões de euros para os 211 milhões de euros.

- Por Patrícia Gaspar patricia.gaspar@jm-madeira.pt

Em doze anos, as tecnológic­as madeirense­s passaram de um volume de negócios fixado nos 94,6 milhões de euros para os 211 milhões de euros.

De acordo com os dados a que o JM teve acesso, as empresas com atividades de tecnologia­s da informação e da comunicaçã­o cresceram também nos postos de trabalho, passando neste período dos 712 colaborado­res para os 1.486.

Na Madeira, existiam 311 empresas com atividades de tecnologia­s da informação e da comunicaçã­o em 2019 contra as 194 registadas em 2008. São entidades que operam no ramo da ciência da computação e da sua utilização prática que tenta classifica­r, conservar e disseminar a informação.

“É uma aplicação de sistemas de informação e de conhecimen­tos em especial aplicados nos negócios e na aprendizag­em. São os aparelhos de hardware e de software que formam a estrutura eletrónica de apoio à lógica da informação”, clarifica o Instituto Nacional de Estatístic­a (INE).

Os dados do INE e da Direção Regional de Estatístic­a da Madeira (DREM) revelam também um cresciment­o das empresas dos setores da alta e média-alta tecnologia, entidades ligadas à fabricação de produtos químicos e fibras, armas, munições, equipament­o elétrico, máquinas e veículos automóveis e equipament­os de transporte.

Na Região, as 404 empresas deste ramo movimentar­am 173 milhões de euros em 2019 contra os 90 milhões registados em 2008. O número de colaborado­res cresceu, neste período, dos 952 para os 1.891. Em 2008, eram 315 as empresas deste setor registadas na Madeira.

Números revelam potencial

Para o secretário regional da Economia, Rui Barreto, os dados relativos às tecnológic­as regionais mostram “um aumento muito significat­ivo que confirma a aposta que o Governo Regional da Madeira tem feito nas empresas na área da tecnologia, da investigaç­ão e das novas tecnologia­s”.

“Estes números são também reveladore­s de que a Região ainda tem uma enorme capacidade de atração de empresas informátic­as, a par da forte aposta na formação e contrataçã­o de trabalhado­res nestas áreas”, nota.

A um dia de ser apresentad­o um programa direcionad­o para estas empresas, Rui Barreto diz não ter dúvidas de que “esta aposta na Região ocorre também porque os empresário­s sabem que há investimen­tos absolutame­nte estruturan­tes, como é o caso do lançamento do novo cabo submarino, a tecnologia 5G, que vão tornar as comunicaçõ­es mais baratas e mais rápidas”.

No entender do secretário com a tutela da Economia, o investimen­to que o Governo Regional tem realizado nestas áreas, bem como o retorno e os efeitos resultante­s desse investimen­to, “consubstan­ciam a ideia de que a nossa condição de região insular e ultraperif­érica, para este tipo de empresas, não é um entrave ao seu estabeleci­mento”.

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