Tecnológicas geram 211 milhões de euros
Entre 2008 e 2019, as empresas com atividades de tecnologias da informação e da comunicação passaram de um volume de negócios da ordem dos 94,6 milhões de euros para os 211 milhões de euros.
Em doze anos, as tecnológicas madeirenses passaram de um volume de negócios fixado nos 94,6 milhões de euros para os 211 milhões de euros.
De acordo com os dados a que o JM teve acesso, as empresas com atividades de tecnologias da informação e da comunicação cresceram também nos postos de trabalho, passando neste período dos 712 colaboradores para os 1.486.
Na Madeira, existiam 311 empresas com atividades de tecnologias da informação e da comunicação em 2019 contra as 194 registadas em 2008. São entidades que operam no ramo da ciência da computação e da sua utilização prática que tenta classificar, conservar e disseminar a informação.
“É uma aplicação de sistemas de informação e de conhecimentos em especial aplicados nos negócios e na aprendizagem. São os aparelhos de hardware e de software que formam a estrutura eletrónica de apoio à lógica da informação”, clarifica o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados do INE e da Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) revelam também um crescimento das empresas dos setores da alta e média-alta tecnologia, entidades ligadas à fabricação de produtos químicos e fibras, armas, munições, equipamento elétrico, máquinas e veículos automóveis e equipamentos de transporte.
Na Região, as 404 empresas deste ramo movimentaram 173 milhões de euros em 2019 contra os 90 milhões registados em 2008. O número de colaboradores cresceu, neste período, dos 952 para os 1.891. Em 2008, eram 315 as empresas deste setor registadas na Madeira.
Números revelam potencial
Para o secretário regional da Economia, Rui Barreto, os dados relativos às tecnológicas regionais mostram “um aumento muito significativo que confirma a aposta que o Governo Regional da Madeira tem feito nas empresas na área da tecnologia, da investigação e das novas tecnologias”.
“Estes números são também reveladores de que a Região ainda tem uma enorme capacidade de atração de empresas informáticas, a par da forte aposta na formação e contratação de trabalhadores nestas áreas”, nota.
A um dia de ser apresentado um programa direcionado para estas empresas, Rui Barreto diz não ter dúvidas de que “esta aposta na Região ocorre também porque os empresários sabem que há investimentos absolutamente estruturantes, como é o caso do lançamento do novo cabo submarino, a tecnologia 5G, que vão tornar as comunicações mais baratas e mais rápidas”.
No entender do secretário com a tutela da Economia, o investimento que o Governo Regional tem realizado nestas áreas, bem como o retorno e os efeitos resultantes desse investimento, “consubstanciam a ideia de que a nossa condição de região insular e ultraperiférica, para este tipo de empresas, não é um entrave ao seu estabelecimento”.