Pedro Calado “desejoso de começar a trabalhar”
“Estou ansioso pela tomada de posse, para voltar a estar e falar com as pessoas e iniciar o trabalho”, exalta o novo presidente da Câmara do Funchal, que ontem visitou mais alguns serviços municipais.
Os dossiês e os temas estão identificados, cada departamento tem os seus técnicos e estruturas a funcionar… não vejo necessidade de reunir com o presidente cessante.
Metodologia. Com Pedro Calado é assim, nada acontece ao acaso, e é esta forma de estar que pretende transportar consigo no regresso à Câmara do Funchal, agora para a presidência, após ter sido vice entre 2012 e 2013 e, antes disso, desempenhado o cargo de vereador, com o pelouro das Finanças, de 2005 a 2012. “Sim, estou desejoso de começar a trabalhar na Câmara”, confirmou ontem, antes da visita a mais alguns serviços autárquicos, tendo começado pela Loja do Munícipe.
Ao JM, primeiro lembrou que “ainda não paramos. Depois das eleições no domingo, na segunda-feira fizemos uma reunião interna, sobretudo de agradecimento à equipa que trabalhou connosco na campanha”. Na terça-feira, “reunimos com a equipa de vereadores e as equipas das Juntas de Freguesia, e estivemos já a planear como é que vamos fazer nos próximos dias”.
Passo seguinte, nessa metodologia pré-estabelecida, “começámos a visitar serviços camarários. Já estivemos na Frente Mar, no Teatro Municipal e nos serviços de oficina do Sociahabita”. Nota adicional para se referir que na Frente Mar assegurou aos funcionários que "ao contrário das mentiras que andaram por aí a dizer, quero-vos garantir que não vamos acabar com a empresa municipal".
Visitas em que vai sendo acompanhado da sua equipa de apoio, incluindo o futuro chefe de gabinete, Luís Olim, que o acompanha a partir da Vice-presidência do Governo, e também de Bruno Pereira, um dos seus vereadores.
E ontem, à entrada da Loja do Munícipe, constatou que “viemos cumprimentar funcionários de alguns serviços internos”, ao que se seguiu “um almoço com os trabalhadores do Departamento de Ambiente e Salubridade”. O objetivo deste périplo “é estar próximo das pessoas”, assegurando que “já estamos a preparar as coisas”.
Identificado com os dossiês
Confrontado se teria algum encontro formal com Miguel Silva Gouveia, para passagem de testemunho e/ou atualização de assuntos emergentes, Calado referiu que “não está previsto”, explicando que “os dossiês e os temas estão identificados, cada departamento tem os seus técnicos e estruturas a funcionar, e penso que não há necessidade de fazer essa reunião”. Mas, “se for possível e se for oportuno, tudo bem, vamos a ver…”.
Pedro Calado
Para já, Calado não tem intenção de travar projetos que estejam já em marcha. “Em principio tudo o que está em andamento é para continuar”, disse, incluindo o CIGMA, as novas instalações para a denominada gestão inteligente da cidade, em Santa Rita. De resto, prevê uma transição bastante tranquila.
Num plano mais pessoal, Pedro Calado vai reentrar na autarquia pela ‘porta grande’, oito anos depois. O novo presidente da Câmara do Funchal esconde emoções adicionais e prefere ser pragmático. “Da mesma forma que saí em 2013 satisfeito pelo trabalho que tínhamos desenvolvido, entro agora e estou desejoso de por mãos à obra para começar a trabalhar. Gosto muito desta casa e sinto uma motivação muito grande por voltar a trabalhar por todos os funchalenses. E é isso que me dá muito ânimo e motivação: voltar a sentir as pessoas próximas, sabendo que um trabalho autárquico é feito de proximidade”, explanou.
Saudades são recíprocas
Foram inúmeras as solicitações e parabéns recebidos, maioritariamente por parte de funcionários da autarquia, nas imediações do edifício. Terão sentido saudades suas? Pedro Calado crê que sim, mas releva ser recíproco. “Nos oito anos que aqui estive, tivemos sempre um bom relacionamento. Nesses oito anos que aqui estivemos, falámos com todas as pessoas, independentemente dos lugares e dos cargos que ocupam. Ficou sempre um sentimento muito bom, de parte a parte. Sempre tratámos muito bem os funcionários e a prova disso é que hoje somos recebidos de forma muito carinhosa e positiva, por toda a gente e é isso que queremos manter. Há um sentimento de saudade, que é natural, porque foram tempos muito positivos e certamente vamos dar continuidade a isso”, partilhou.