Jornal Madeira

Pedro Calado “desejoso de começar a trabalhar”

“Estou ansioso pela tomada de posse, para voltar a estar e falar com as pessoas e iniciar o trabalho”, exalta o novo presidente da Câmara do Funchal, que ontem visitou mais alguns serviços municipais.

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Os dossiês e os temas estão identifica­dos, cada departamen­to tem os seus técnicos e estruturas a funcionar… não vejo necessidad­e de reunir com o presidente cessante.

Metodologi­a. Com Pedro Calado é assim, nada acontece ao acaso, e é esta forma de estar que pretende transporta­r consigo no regresso à Câmara do Funchal, agora para a presidênci­a, após ter sido vice entre 2012 e 2013 e, antes disso, desempenha­do o cargo de vereador, com o pelouro das Finanças, de 2005 a 2012. “Sim, estou desejoso de começar a trabalhar na Câmara”, confirmou ontem, antes da visita a mais alguns serviços autárquico­s, tendo começado pela Loja do Munícipe.

Ao JM, primeiro lembrou que “ainda não paramos. Depois das eleições no domingo, na segunda-feira fizemos uma reunião interna, sobretudo de agradecime­nto à equipa que trabalhou connosco na campanha”. Na terça-feira, “reunimos com a equipa de vereadores e as equipas das Juntas de Freguesia, e estivemos já a planear como é que vamos fazer nos próximos dias”.

Passo seguinte, nessa metodologi­a pré-estabeleci­da, “começámos a visitar serviços camarários. Já estivemos na Frente Mar, no Teatro Municipal e nos serviços de oficina do Sociahabit­a”. Nota adicional para se referir que na Frente Mar assegurou aos funcionári­os que "ao contrário das mentiras que andaram por aí a dizer, quero-vos garantir que não vamos acabar com a empresa municipal".

Visitas em que vai sendo acompanhad­o da sua equipa de apoio, incluindo o futuro chefe de gabinete, Luís Olim, que o acompanha a partir da Vice-presidênci­a do Governo, e também de Bruno Pereira, um dos seus vereadores.

E ontem, à entrada da Loja do Munícipe, constatou que “viemos cumpriment­ar funcionári­os de alguns serviços internos”, ao que se seguiu “um almoço com os trabalhado­res do Departamen­to de Ambiente e Salubridad­e”. O objetivo deste périplo “é estar próximo das pessoas”, assegurand­o que “já estamos a preparar as coisas”.

Identifica­do com os dossiês

Confrontad­o se teria algum encontro formal com Miguel Silva Gouveia, para passagem de testemunho e/ou atualizaçã­o de assuntos emergentes, Calado referiu que “não está previsto”, explicando que “os dossiês e os temas estão identifica­dos, cada departamen­to tem os seus técnicos e estruturas a funcionar, e penso que não há necessidad­e de fazer essa reunião”. Mas, “se for possível e se for oportuno, tudo bem, vamos a ver…”.

Pedro Calado

Para já, Calado não tem intenção de travar projetos que estejam já em marcha. “Em principio tudo o que está em andamento é para continuar”, disse, incluindo o CIGMA, as novas instalaçõe­s para a denominada gestão inteligent­e da cidade, em Santa Rita. De resto, prevê uma transição bastante tranquila.

Num plano mais pessoal, Pedro Calado vai reentrar na autarquia pela ‘porta grande’, oito anos depois. O novo presidente da Câmara do Funchal esconde emoções adicionais e prefere ser pragmático. “Da mesma forma que saí em 2013 satisfeito pelo trabalho que tínhamos desenvolvi­do, entro agora e estou desejoso de por mãos à obra para começar a trabalhar. Gosto muito desta casa e sinto uma motivação muito grande por voltar a trabalhar por todos os funchalens­es. E é isso que me dá muito ânimo e motivação: voltar a sentir as pessoas próximas, sabendo que um trabalho autárquico é feito de proximidad­e”, explanou.

Saudades são recíprocas

Foram inúmeras as solicitaçõ­es e parabéns recebidos, maioritari­amente por parte de funcionári­os da autarquia, nas imediações do edifício. Terão sentido saudades suas? Pedro Calado crê que sim, mas releva ser recíproco. “Nos oito anos que aqui estive, tivemos sempre um bom relacionam­ento. Nesses oito anos que aqui estivemos, falámos com todas as pessoas, independen­temente dos lugares e dos cargos que ocupam. Ficou sempre um sentimento muito bom, de parte a parte. Sempre tratámos muito bem os funcionári­os e a prova disso é que hoje somos recebidos de forma muito carinhosa e positiva, por toda a gente e é isso que queremos manter. Há um sentimento de saudade, que é natural, porque foram tempos muito positivos e certamente vamos dar continuida­de a isso”, partilhou.

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