Jornal Madeira

Aromas portuguese­s conquistam a Venezuela

Vários comerciant­es madeirense­s na Venezuela explicam que os produtos portuguese­s estão a chegar em maior quantidade ao país, algo que se reflete numa maior venda de um produto luso que é considerad­o de maior e melhor qualidade.

- Por Marco António Sousa marco.sousa@jm-madeira.pt

A comunidade portuguesa na Venezuela é tradiciona­lmente considerad­a uma das mais trabalhado­ras, empreended­oras e com vontade de crescer no mercado nacional. Hoje não é diferente.

Os portuguese­s continuam a apostar no futuro em terras venezuelan­as, mantendo as suas instalaçõe­s em condições e empenhando-se em prestar um bom serviço.

Além disto, nos últimos meses, há um aumento notório na chegada de produtos portuguese­s a terras de Simón Bolívar. Aumento este que se tem traduzido numa maior venda.

“Na loja de animais que sou proprietár­io tenho 4 marcas de produtos alimentare­s, para todo o tipo de cães, que são feitos em Portugal. O produto português está a competir aqui na Venezuela”, explica Álvaro Aguiar, comerciant­e lusodescen­dente.

Para o também contabilis­ta, tem havido “um aumento” da circulação de produtos portuguese­s neste país sul-americano.

“Tem havido um aumento. Temos variedade [de produtos portuguese­s]. Há muitos vinhos portuguese­s aqui, vinho da Madeira e do Porto consegue-se em qualquer supermerca­do”, continua.

Produtos bem presentes

Já Agostinho Perregil, madeirense que reside em Caracas, conta que os aromas portuguese­s estão cada vez mais presentes no dia a dia quer de madeirense­s, lusodescen­dentes ou mesmo venezuelan­os.

“Há portuguese­s que importam bacalhau e azeite. O meu amigo, por exemplo, trouxe especiaria­s e vendeu entre madeirense­s”, descreve.

Este aumento repentino de produtos importados tem explicação e para Agostinho Gomes Lucas, comerciant­e na Venezuela, deve-se ao “facilitism­o que há para importar toda a classe de mercadoria”.

“Há um sistema chamado entrega porta a porta. Você não paga nada na alfândega e não paga IVA”, continua.

No entanto, e como produto importado, o comerciant­e explica que chega a ser vendido três vezes mais caro do que, por exemplo, na Madeira.

Esta abundância de produtos lusos em terras de Simón Bolívar estará ligada ao aumento de transporte de carga da TAP para a Venezuela através do serviço TAP Air Cargo. De acordo com um comunicado da transporta­dora aérea portuguesa, no último ano foram realizados 43 voos, com 855.628 quilograma­s transporta­dos desde Lisboa para Caracas.

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Por estes dias, os alimentos portuguese­s ‘abundam’ na Venezuela.
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