Jornal Madeira

Muro da Esperança à moda da pandemia

Já com algum público, em maior número do que em 2020, certamente menos do que aquilo a que a Madeira se habituou, facto é que o mural lá se encheu de cor num dia em que os protagonis­tas foram as crianças.

- Por Romina Barreto romina.barreto@jm-madeira.pt

Este momento, transmitid­o por uma criança, tem um significad­o especial.

Flores de todas as cores esperavam – na manhã de ontem – a chegada de miúdos e graúdos, incumbidos de cobrir o verde (cor premonitór­ia) que revestia o Muro da Esperança. Quem ontem se deslocou à Praça do Município, no Funchal, a fim de depositar uma flor no mural, deparou-se com um pequeno vislumbre dos anos anteriores à pandemia, sobretudo pela presença de turistas e, claro, pela alegria, ainda que tímida, a pairar no ar. Sinal inequívoco de uma evolução, ainda que ligeira, face ao ano de 2020. Ainda assim, longe das enchentes de anos anteriores, as crianças que foram chegando a conta gotas e, acompanhad­as pelos pais em vez da habitual reunião massiva de grupos escolares, lá foram escolhendo a cor que preferiam e, pé ante

Eduardo Jesus

pé, depois de colocarem a sua gerbera, lá posaram para a foto. À entrada, um elemento da organizaçã­o segurava um cesto pejado de flores que, à semelhança do que aconteceu no ano passado, foram oferecidas aos participan­tes pela Direção Regional de Turismo.

Os sons, esses, ecoavam das ruas adjacentes e, de lá, ia emergindo mais público, essencialm­ente o de palmo e meio que, todos os anos, cumpre escrupulos­amente a tradição que, desde 1979, integra as celebraçõe­s da Festa da Flor.

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