“Nunca passarei por cima” de Miguel Albuquerque
nomia da longevidade e os nossos opositores gozaram-nos. Não é um conceito acabado e vamos demonstrar isso. Nas grandes cidades europeias, cada vez mais se fala na economia da longevidade. Grande parte da nossa população tem mais de 65 anos; aliás, o grande problema que hoje paira nas grandes cidades é termos uma população ativa que é muito inferior ao número de pessoas que estão numa idade de reforma.
Temos que dar condições para que essas pessoas se sintam integradas. Há uma economia paralela que vive dessas pessoas. Hoje, pessoas com 80 anos são
“Enquanto o dr. Miguel Albuquerque estiver na presidência do Partido ou do Governo, eu nunca, mas nunca tomarei iniciativa de estar contra ele ou de passar por cima. É uma pessoa que respeito muito. Foi com ele que aprendi tudo o que sei na política”, garantiu Pedro Calado ao JM.
Numa altura em que já se fala no futuro do partido, Pedro Calado adianta para não contarem com aquele que será o presidente da Câmara Municipal do Funchal, eleito a 26 e setembro, para qualquer trapaça. “Estou disponível para ajudar o meu partido da mesma forma que o fiz em 2017, quando fui para o Governo, da mesma forma que aceitei sair da Vice-presidência de um Governo Regional para me candidatar à Câmara do Funchal. Fi-lo com o propósito de ajudar os funchalenses, mas também porque achei que era o momento certo para ajudar o meu partido. E vou estar cá para colaborar em tudo aquilo que seja necessário”, defendeu. Pedro Calado acha, até, que é o momento certo de o PSD fazer uma reflexão, por considerar que não se fazem reflexões apenas quando se perde. “Houve muita coisa que não correu bem. Há muitas arestas para serem limadas. A altura certa para falar é agora. E aquilo que tenho dito e que vou continuar a dizer é que, desde que seja para o partido continuar a crescer, podem contar com o meu apoio, o meu trabalho. Não contem comigo para criar guerras internas!”. dinâmicas, são pessoas que saem, que se divertem, que fazem os seus passeios, que vão almoçar. Portanto, há que torná-las ainda mais ativas, tornando-as parte integrante no Funchal.
Pretendo fazer isto em articulação com o departamento que criei com a dra. Ana Clara Silva. Vamos ver como é que ela pode colaborar. Quero criar a cidade do Funchal para fazer parte de um grupo que existe a nível internacional e que tem a ver com a ‘cidade amiga do envelhecimento’. Vou criar um departamento próprio na Câmara ou trabalhar em colaboração com o departamento criado no Governo Regional. Estou muito tentado a criar um departamento específico, novo, na Câmara só para desenvolver este conceito.
Admite vir a presidir a AMRAM-ASSOciação de Municípios da Região Autónoma da Madeira?
É natural que a questão de se ponha dessa forma. Evidentemente que o PSD, na coligação com o CDS, com o movimento da Ribeira Brava e até com São Vicente, tem a maioria dos municípios. Naturalmente que o município da capital tem muito peso. Essa questão vai ser falada internamente, se entenderem, estou disponível para abraçar o projeto da AMRAM e pô-la a trabalhar em prol de todos os municípios.
Já no outro lado da ‘barricada’, de que forma podem as Autarquias trabalharem em conjunto para serem um pouco mais exigentes com o Governo Regional?
O Governo Regional, e posso falar como causa própria, nunca esteve nem nunca trabalhou de costas voltadas com os municípios. Isso é uma ideia errada e quem a passa não sabe o que está a dizer. Prova disso é que houve grandes investimentos, muitos avultados [estive 4 anos com o Orçamento da Região e sei bem o que o Governo investiu nos concelhos], em todos os concelhos.
Agora, uma coisa é investir com o Orçamento do Governo, outra é o Governo passar o dinheiro para o Orçamento da Câmara e realizar um contrato-programa, pondo a Autarquia a desenvolver o projeto. Agora neste caso, que estou na Câmara, para mim é indiferente se o Governo faz a obra ou passa o dinheiro para a Câmara e esta realiza o projeto. Aquilo que eu quero é que os projetos sejam feitos, resolvidos e executados em benefício e em prol da população. Se o Governo quiser e desejar passar a verba para a Câmara desenvolver o projeto, muito bem. Mas se não quiser, que o faça. Desde que se lute pelo desenvolvimento de grandes infraestruturas nos concelhos, estamos satisfeitos com isso. Agora dizer que exijo que se faça um contrato-programa, não exijo nada! Houve milhões investidos em vários concelhos. Os municípios disseram que não houve investimento porque não houve contratos-programa. Completamente falso.