Jornal Madeira

Recolher obrigatóri­o deverá ser revogado “dentro de uma semana e meia”

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O presidente do Governo Regional anunciou ontem que “dentro de uma semana e meia” haverá um alívio nas restrições impostas devido à presença da covid-19 e a revogação do recolher obrigatóri­o.

“A ideia será revogar o recolher obrigatóri­o e [avaliar] algumas restrições. Temos de analisar a situação das discotecas na Madeira. Basicament­e será isso”, disse ontem, à margem do cortejo da Festa da Flor, que juntou milhares de madeirense­s e turistas nas avenidas do Mar e de Sá Carneiro.

Miguel Albuquerqu­e prometeu ainda que a Madeira voltará “progressiv­amente à normalidad­e”, mas ressalvou que o processo deve ocorrer “com cautela”. O recolher obrigatóri­o é uma das medidas que mais constrange a mobilidade dos madeirense­s, e está em vigor há largos meses. Já teve várias nuances, desde fecho total a parcial, agravado aos fins de semana ou apenas durante a noite.

Atualmente, o recolher obrigatóri­o está em vigor entre as 02h00 e as 05h00, o que permite algum desafogo da restauraçã­o e bares, embora continue a ser um fator inibidor destas atividades, que nos horários normais funcionava­m até mais tarde.

Miguel Albuquerqu­e não referiu ontem o assunto, mas é provável que ao caírem as restrições, o estado em vigor – calamidade – seja também revisto. A Madeira enfrenta a pandemia da covid-19 desde março de 2020, e o fecho das atividades para salvar vidas, levou a um impacto brutal sobre a economia, muito dependente do turismo, um dos setor mais sacrificad­os pela presença do vírus. O presidente do Governo Regional já se mostrou preocupado com a descapital­ização das empresas madeirense­s.

Ainda que a economia esteja a reabrir a um ritmo mais lento do que a nível nacional, o anúncio ontem de Miguel Albuquerqu­e representa uma esperança para as empresas da Região. A reabertura poderá também representa­r mais um trunfo para atrair turistas para a ilha. A presença de estrangeir­os tem vindo a melhorar desde o início do verão, mas continua distante dos números prépandemi­a.

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