Il Vivaldi eterniza Duarte Aveiro em livro
Livro-álbum fotográfico editado pela Fraternitas numa surpresa do empresário Pedro Gomes reúne detalhes sobre a vida e trabalho do chefe de sala que é também artista autodidata, com depoimentos de Teodoro de Faria, Marcelino de Castro e João Carlos Abreu.
Obispo emérito do Funchal, Teodoro de Faria, o coordenador do Centro de Estudos da Autonomia da Assembleia Legislativa da Madeira, Marcelino de Castro e o poeta-escritor João Carlos Abreu assinam os textos que se enlaçam na obra intitulada de ‘Duarte Aveiro’, editada para o restaurante ‘Il Vivaldi’ com o intuito de homenagear o atual chefe de sala daquele sítio que é também uma autêntica galeria de arte que o próprio assina.
Pela sua dedicação ao Il Vivaldi, lugar que dota de profissionalismo na arte de bem receber, Pedro Gomes, proprietário do restaurante, quis tirar do anonimato trabalhos e vivências de Duarte Aveiro, eternizando-o numa obra produzida e publicada pela Edições Fraternitas.
A apresentação pública do livro realiza-se na próxima sexta-feira, 8 de outubro, às 18h30 no restaurante Il Vivaldi.
A editora, segundo refere Sandro Abreu de Freitas, solicitou a três personalidades da área da cultura regional um depoimento sobre a pessoa e os trabalhos de Duarte Aveiro. Uma colaboração que, acrescenta, na nota de editor, enriqueceu esta “merecida homenagem” essencialmente ilustrada ao chefe de sala do Il Vivaldi, que é também autor de obras de arte pictórica que atribuem ao espaço onde antigamente funcionou a Casa do Turista a riqueza de uma casa da cultura.
Duarte Aveiro, nascido no Funchal em 1963, é um “autodidata não vencido, que começou a pintar na adolescência”, sendo para Marcelino de Castro “um caso de como a pintura é sempre uma representação, um anseio de reprodução ou repetição do mundo que o recria e que o preserva”. A “sensibilidade e talento” do “autodidata que inventa a sua técnica” é algo enaltecido na homenagem de João Carlos Abreu, que realça como se complementam os “dois vetores fundamentais” da vida de Duarte Aveiro: o “campo da batalha” da restauração e o “mundo de sonhos” da pintura. Nas suas várias facetas, considera o antigo governante, “nunca deixou a sua profissão: a de dar e dar-se inteiramente aos outros”.
Antes do Il Vivaldi, Duarte Aveiro passou por locais como o Reid’s Hotel, Quinta da Bela Vista, Mozart e Forte de São Tiago, tendo até fundado o seu próprio restaurante. Como criativo e homem dos sete ofícios, também pincelou o mundo futebolístico, tendo integrado coletividades como o CD Nacional e CS Marítimo.