“A nossa identidade é feita da valorização dos emigrantes”
O Presidente da República defendeu ontem que Portugal tem de valorizar os seus emigrantes e imigrantes, sem discriminação, afirmando que uns e outros, com a sua diversidade, moldam a identidade nacional e lhe dão projeção universal.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem na cerimónia comemorativa do 111.º aniversário da Implantação da República, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa, num discurso em que apelou a "um Portugal mais inclusivo".
"O Portugal que somos nunca vencerá os desafios da economia e do conhecimento se não soubermos assumir sem traumas nem complexos que a nossa identidade nacional é feita da valorização dos nossos emigrantes espalhados pelo mundo, cerca de seis milhões, e também dos imigrantes, 600 mil nas estatísticas – e num caso como noutro bem mais nos factos em descendentes e cruzamentos diversificados", declarou. O chefe de Estado acrescentou que a identidade nacional é feita "de raças, culturas, religiões, costumes, práticas, às dezenas e centenas, com a sua diferença e o seu direito à não discriminação".
"Elas e eles moldam essa identidade nacional, dão projeção universal, natalidade, riqueza material e espiritual que é de todos nós", prosseguiu, pedindo "não discriminação, lá fora e cá dentro, plenamente assumida".