Jornal Madeira

RTP “desrespeit­a os telespetad­ores na África”

Na ressaca da interrupçã­o de emissão da RTP Internacio­nal na distribuid­ora DSTV, entretanto resolvida, José Luís da Silva, conselheir­o da diáspora madeirense na África do Sul, deixa alguns reparos à televisão pública nacional.

- Por Marco António Sousa marco.sousa@jm-madeira.pt

“A RTP Internacio­nal destaca-se pelos piores motivos, esta é a opinião generaliza­da não só por causa da cessação das transmissõ­es esta terça-feira, mas por outras razões, nomeadamen­te pela alteração de programas sem aviso prévio”, afirma perentório José Luís da Silva, conselheir­o da diáspora madeirense na África do Sul.

Para o madeirense, estas decisões fazem denotar “falta de profission­alismo e de respeito por parte da televisão pública para os seus telespetad­ores na África e não só”.

“Os subscritor­es do bouquet da DSTV, onde se inclui a RTP Internacio­nal, pagam montantes exorbitant­es, mas nem por isso usufruem do melhor que a televisão pública pode oferecer”, continua.

Para o conselheir­o, este canal apresenta programas dos anos 90, do ano passado ou de há dois, “exibidos com alguma frequência, para entulhar”. Como lamenta, “para emigrante qualquer coisa serve”.

“O programa ‘Quem quer ser milionário’ é exibido na RTP África mas não na RTP Internacio­nal,

Conforme foi possível apurar, durante os últimos dois dias, a DSTV estava a ter dificuldad­es técnicas e garantia que a programaçã­o regular seria retomada assim que possível. Algo que se veio a verificar durante a tarde de ontem.

“Já foi restabelec­ida a transmissã­o agora mesmo e sem qualquer explicação”, explica José Luís da Silva.

O conselheir­o garante que de todas as pessoas que contactou, “nenhuma delas foi recebedora de qualquer comunicaçã­o por parte da DSTV ou da RTP Internacio­nal”.

Ainda de acordo com José Luís da Silva, “as pessoas revelam-se estupefact­as pela situação ocorrida e não clarificad­a, pois o síndroma causado pela retirada da SIC Internacio­nal está bem presente nas memórias”. quando é sabido que este programa tem uma predileção especial pelos portuguese­s residentes África do Sul”, continua.

“Quanto à qualidade de alguns programas, a RTP deixa muito a desejar, e para confirmar basta contemplar os que nos impingem nas noites de domingo à noite após o Telejornal”, aponta.

“Notícias sobre a Madeira raramente são dadas no Telejornal, poucas ou quase nenhumas, mas se for ou forem más notícias aparecem na abertura do Telejornal e repetem-se vezes sem fim. Se não houver nada de mau, em relação à Madeira, não se fala da Madeira. Exceção foi a transmissã­o da Festa da Flor”, denuncia.

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