Preço da eletricidade sobe para novo máximo
Nos primeiros cinco dias de outubro, o mercado grossista registou um preço médio de 186,66 euros/mwh, que poderá retirar setembro como o mês com o preço mais elevado desde que há registos.
O preço da eletricidade no mercado grossista (‘pool’) subiu ontem novamente pelo terceiro dia consecutivo para 228,59 euros por megawatt hora (MWH), um novo máximo histórico e 12% acima do preço fixado para terça-feira.
O preço para ontem excedeu pela terceira vez a barreira dos 200 euros/mwh e é o mais alto da história à frente dos 216,01 euros/ MWH registados em 01 de outubro e dos 203,68 euros/mwh verificado na terça-feira.
Além disto, o preço é mais de cinco vezes o montante que a ‘pool’ marcou durante a primeira quarta-feira de outubro do ano passado (43,02 euros), e está acima do preço médio de setembro, de 156,15 euros/mwh, que foi o mês mais caro desde que há registos.
Nos primeiros cinco dias de outubro, o mercado grossista registou um preço médio de 186,66 euros/ MWH, que poderá retirar setembro como o mês com o preço mais elevado desde que há registos.
Entretanto, o preço médio da eletricidade no mercado grossista (‘pool’) estabeleceu um novo máximo para quinta-feira, de 288,53 euros/ megawatt hora ( MWH), 26,2% mais caro do que ontem.
Nesta quinta-feira será a quarta vez que o preço da eletricidade excede a barreira dos 200 euros/ MWH, que ultrapassou pela primeira vez a 1 de outubro, um mês em que nos primeiros sete dias já estabeleceu três máximos de sempre.
A escalada de preços que afeta uma grande parte da Europa deve-se, entre outros fatores, ao aumento do preço do gás nos mercados internacionais, que é utilizado em centrais de ciclo combinado e que fixa o preço de mercado na maioria das horas, e à subida do preço dos direitos de emissão de dióxido de carbono (CO2).
O preço da luz esteve ontem em debate no Parlamento Europeu. Em sessão plenária, discutiu-se a escalada dos preços da eletricidade devido aos aumentos globais no gás, visando encontrar instrumentos para a União Europeia (UE) e os Estados-membros recorrerem para aliviar as famílias.
Este debate surgiu dois dias depois de os ministros das Finanças da zona euro terem discutido possíveis soluções para a atual crise energética, que causa mais encargos às famílias, e numa altura em que países como França e Espanha defendem medidas como reforço e centralização das reservas de gás da UE e o recurso a tarifas reguladas, com dissociação entre o preço da eletricidade e o do gás (este último aumentou 170% até agora este ano na UE).
Na próxima semana, a instituição vai emitir diretrizes para ajudar os Estados-membros a lidar com a atual crise do setor energético, dentro do âmbito dos atuais regulamentos da União Europeia.