“Bolha de segurança” não gera consensos
Além da MSC, a Saga Cruises, que opera por exemplo o ‘Spirit of Discovery’, previsto para o dia 20, está a adotar o modelo de “bolha de segurança”.
A inglesa Saga Cruises é mais uma companhia de cruzeiros que se junta à MSC e adota o modelo da “bolha de segurança” para os seus passageiros nas deslocações a terra.
Assim, é esperado que os passageiros do navio ‘Spirit of Discovery’ ao chegarem ao porto do Funchal, no dia 20 deste mês, tenham de cumprir o restrito protocolo de segurança, à semelhança do que a MSC já comunicou e que ontem o JM noticiou.
A Saga Cruises terá optado por este modelo, porquanto os seus clientes são maioritariamente de uma idade média elevada, acima dos 60 anos. E fá-lo não obstante só aceitar passageiros com o processo de vacinação completo.
A propósito deste conceito de “bolha”, o JM contactou ontem agentes de navegação que nos disseram que, embora sendo uma medida de segurança adicional, poderá já estar ultrapassada, uma vez que, ao contrário de no início da retoma, em que muitas pessoas ainda não tinham a vacinação completa, hoje, na Europa, a maioria apresenta esse processo concluído, pelo que nos dizem que não seria necessário as empresas aplicarem essa segurança extra.
Sobre o efeito dessas deslocações em bolha, que a “maioria das companhias” não está a replicar, os agentes de navegação com quem o JM falou afirmaram que a operação não é afetada, mas admitiram que possa ter repercussões para o comércio local, já que os passageiros estão impedidos de circular livremente pela ilha.
Sob o anonimato, disseram-nos que cada companhia tem o seu plano de contingência, o que significa que as regras podem ser diferentes, e em certos casos mais específicos até pode haver regras distintas para diferentes navios da mesma empresa. Um dos motivos terá a ver com a área onde cada navio opera, ou seja, se os destinos têm o processo de vacinação mais ou menos avançado.
Quanto à logística necessária para corresponder às regras dos navios que estão a utilizar a “bolha”, as mesmas fontes disseram-nos que a Madeira tem capacidade para responder aos pedidos.