PSD critica “silêncio” do PS sobre o tema Tap/porto Santo
Bernardo Caldeira, deputado do PSD, acusou ontem o Partido Socialista de não se mostrar “minimamente interessado” em resolver a ausência de voos diretos entre o Porto Santo e o continente.
O deputado social-democrata Bernardo Caldeira acusou ontem o Partido Socialista de não se mostrar “minimamente interessado” em resolver a ausência de ligação aérea direta entre o Porto Santo e Portugal continental durante seis meses do ano.
Numa intervenção feita no âmbito do período antes da ordem do dia tendo como tema a questão da descontinuidade da ligação aérea entre o Porto Santo e o continente nos meses de inverno, o deputado afirmou ainda que o PS continua com o seu “silêncio ensurdecedor” relativamente a esta matéria, salientando que o Governo socialista na República olha para o Porto Santo de forma economicista: “Se der lucro nós autorizamos, como no inverno não dá, mandamos suspender e deixá-los à sua sorte”, sustentou.
Afirmando não poder “compactuar com esta forma de estar”, Bernardo Caldeira disse que “é impossível ficar indiferente aos milhares de milhões de euros que são injetados na TAP com o dinheiro dos contribuintes portugueses, incluindo todos os contribuintes porto-santenses, e ficar em silêncio sem nada fazer”.
Por esta razão, o deputado revelou que o grupo parlamentar do PSD Madeira deu entrada de um voto de protesto relativamente a esta posição do Governo da República, argumentando que esta “colide com a Constituição da República, no que à continuidade territorial diz respeito”.
Reagindo à intervenção do social-democrata, o deputado do PCP disse concordar com o assunto trazido a debate, por entender que existem “orientações erradas por parte da TAP relativamente à garantia da continuidade territorial para o Porto Santo”.
Ricardo Lume lamentou ainda o facto de o Governo Regional se ter “demitido” da gestão do Aeroporto do Porto Santo e das taxas aeroportuárias naquele aeroporto serem “elevadíssimas”.
Já o deputado do CDS/PP, António Lopes da Fonseca, aproveitou a ocasião para criticar o deputado do PS, Miguel Brito, por não ter ficado ao lado dos porto-santenses nesta questão, salientando que a “resposta” dos porto-santenses a esta posição foi dada ao socialista nestas eleições.