Forças Armadas “não servem para tudo”
O vice-almirante Gouveia e Melo considerou ontem irrealista haver preconceito contra a utilização de capacidades das Forças Armadas quando estas são úteis e necessárias à sociedade civil, alertando, no entanto, que um militar não pode servir para tudo.
O vice-almirante que coordenou o processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal falava numa cerimónia de homenagem ao general Loureiro dos Santos - antigo ministro da Defesa e ex-chefe do Estado-maior do Exército (CEME), que morreu em 2018 – no Instituto Universitário Militar (IUM), em Lisboa.
Num painel sob o mote ‘Há um novo papel para as Forças Armadas?’, Gouveia e Melo apontou que “as Forças Armadas têm capacidades que durante muito tempo não foram consideradas utilizáveis, apesar de existirem na sociedade civil em momentos de crise” e de há uns anos para cá “começaram a ser mais solicitadas”.