CARLOS PEREIRA QUER MANTER “BOM RUMO” 1.730
Carlos Pereira formalizou ontem a sua recandidatura à presidência do Marítimo, tendo destacado, em declarações aos jornalistas, o trabalho feito pelas suas equipas ao longo dos últimos 24 anos e que diz ser reconhecido “até pela lista contrária [liderada por Rui Fontes]”. Mas a candidatura adversária, que foi formalizada na quarta-feira, concentrou a atenção do atual líder dos verde-rubros, que fez questão de rebater, em jeito de contra-ataque, algumas afirmações proferidas pelo candidato que está a protagonizar o primeiro momento de oposição no clube em quase um quarto de século.
“Tenho que estar feliz com a juventude que hoje dá entrada para o próximo quadriénio, e dizer que o trabalho que por nós foi desenvolvido é, de facto, merecedor de elogios, até por parte da lista adversária”, afirmou Carlos Pereira, assegurando que a sua “direção vai com certeza continuar o bom rumo para o Marítimo”.
E o “bom rumo” não passa por fundos de investimento, reiterou, pedindo à candidatura de
Rui Fontes para não “pensar em
VOTANTES, num universo de 6.800 que estão nos cadernos do Marítimo, estão aptos a participar, por terem as quotas em dia, nas eleições de 22 de outubro. Contudo, o número de votantes deverá aumentar até ao ato eleitoral. enganar os sócios, porque falar de fundos sem saber do que fala é melhor não falar”.
“Os fundos são regulados pela CMVM (Comissão de Mercados e Valores Mobiliários), o que quer dizer que não são todos que podem criar fundos, ainda por cima aqueles que não têm nenhuma credibilidade na banca”, explicou Carlos Pereira, afirmando que a sua direção “não venderá a nossa alma a ninguém, muito menos a fundos que têm custos elevadíssimos, e esses custos elevadíssimos o Marítimo terá de os pagar no futuro, e num futuro bem rápido”.
Segundo o atual presidente do Marítimo, o clube goza atualmente de uma “capacidade e credibilidade para se financiar, e nas alturas que foram necessárias, foi a banca, foram os seus diretores, que conseguiram e que fizeram financiamentos para que hoje o clube esteja na posição em que está”.
Carlos Pereira qualificou depois como “lamentável” e “triste” a afirmação do seu adversário, proferida na quarta-feira, de que "ninguém conhece as contas quando todos os anos as contas são aprovadas depois de auditadas e fiscalizadas”.
“Como também se fala muito em empresas, eu pergunto se esse candidato [Rui Fontes] vencer as eleições vai ou não cortar o cordão umbilical que tem com a irmã e com o cunhado, que faz prestação de serviços nesta casa, pessoas que eu estimo e tenho muita consideração, mas a lei se vale, vale para todas as partes”, questionou depois.
Ainda ao ataque, desafiou a candidatura adversária a informar os sócios se vai haver elementos da direção a auferirem remunerações. “Ninguém vai deixar o seu trabalho para não ser remunerado”, observou, afirmando “taxativamente que nós não seremos remunerados, iremos fazer aquilo que sempre fizemos até hoje”.