“Receber está-me na alma”
Ofinal da tarde, ontem, no Il Vivaldi foi, como se perspetivava, de grande emoção, com lágrimas, agradecimentos e elogios. O lançamento do livro-álbum de fotografias intitulado Duarte Aveiro foi também um momento de celebração da amizade e da admiração, recíproca, entre o chefe de sala e as pessoas que estiveram na sessão, entre entidades oficiais, amigos e familiares.
Fazendo um grande esforço para conter as lágrimas, Duarte Aveiro dirigiu as primeiras palavras ao amigo Pedro Gomes, proprietário do Il Vivaldi.
“Obrigado por tudo”, disse ao empresário, agradecendo-lhe mais esta forma que ele encontrou para divulgar e evidenciar o pintor que também há no profissional de restauração.
Mas disse mais. Disse ver nele o irmão que nunca teve e sublinhou a sorte de o ter conquistado pelo trabalho que desenvolve como chefe de sala que, com disse, é algo que lhe é intrínseco.
“Faço uma coisa que adoro. Receber está-me na alma”, afirmou.
Duarte Aveiro não só agradeceu o gesto do patrão, como também a presença de todos os convidados que encheram a sala de entrada (onde está o bar) e o pátio do conhecido estabelecimento de restauração situado na Avenida do Mar.
Entre esses amigos e admiradores, teve, na fila da frente, Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional, e Teodoro Faria, bispo emérito do Funchal, este um dos autores dos três depoimentos contidos no livro.
Também a mulher e os filhos, presentes na sessão e igualmente emocionados, tiveram um destaque especial no agradecimento de Duarte Aveiro, pelas horas ‘roubadas’ ao convívio familiar ao longo de um já longo percurso de bem receber os clientes. A citação de Duarte Aveiro no site do restaurante diz tudo: “O objetivo é tentar com que as pessoas se sintam em casa”.
José Manuel Rodrigues marcou presença na qualidade de presidente da Assembleia Legislativa da Madeira e o presidente do Governo Regional esteve representado pelo secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Humberto Vasconcelos.
Coube a Fátima Marques a apresentação da obra editada pela Fraternitas. Perante um livro visual, composto maioritariamente por fotografias de pinturas da autoria de Duarte Aveiro e da passagem deste pelo Nacional e pelo Marítimo, a antiga professora do Liceu Jaime Moniz tomou a liberdade de interpretar a publicação por tudo aquilo que os seus olhos testemunharam na observação das imagens.
De tudo o que viu, com o olhar de quem procura ver para além da tela, Fátima Marques disse ter encontrado na delicadeza das pinturas marinhas o “ser tranquilo” que Duarte Aveiro deixa transparecer no dia a dia, na forma como recebe os clientes.
Conforme noticiou o JM, o livro é ainda composto por depoimentos de João Carlos Abreu e de Marcelino de Castro. Para além de paisagens inspiradas no mar, Duarte Aveiro tem em Cristo crucificado uma das suas fontes de inspiração.
A editora Fraternitas, criada há dois anos, não tem um pendor comercial, existindo, segundo o editor Sandro Freitas (como o próprio nome indica), para promover a fraternidade.