CINM registou 67 novas empresas entre janeiro e agosto
Afetado pela polémica em torno dos benefícios fiscais, o Centro Internacional de Negócios começa a recuperar novas sociedades. Nos navios, há a registar 125 entradas.
O Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) registou, entre janeiro e 31 de agosto, 67 novas sociedades.
Apesar de afetada pela polémica em torno dos benefícios fiscais, a Zona Franca da Madeira tem vindo a atrair novas empresas.
O CINM tinha até 31 de agosto 1.563 sociedades licenciadas, 10% delas eram tecnológicas. João Trigo Morais, da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, lembra que estas empresas são uma grande mais valia para a Região, dado o elevado valor acrescentado que representam e ao potencial de promover a imagem da Madeira e do País.
Também no concerne a navios e iates, os números são positivos. Há a registar 125 entradas e um total de 805 embarcações.
Recorde-se que o CINM tem sido muito afetado pela polémica em torno dos benefícios fiscais. A polémica estalou no início de dezembro, após anos de análise, com a Comissão Europeia a determinar que as empresas que receberam benefícios fiscais ilegais ao abrigo do regime da Zona Franca da Madeira teriam de os devolver.
A investigação de Bruxelas concluiu que “as reduções fiscais foram aplicadas a empresas que não representaram qualquer valor acrescentado para o desenvolvimento da Região “, em “desrespeito das condições das decisões e das regras de ajudas estatais europeias”.
Em cima da mesa está agora a prorrogação, até ao final de 2023, do período de admissão de novas entidades ao Regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira.
Em 2020, 12,7% das receitas fiscais totais da Região Autónoma da Madeira e mais de 70% das receitas de IRC geradas tiveram origem na atividade desenvolvida no quadro do CINM, sendo este um instrumento de grande importância para a economia regional.
Recentemente, em entrevista ao Jornal Económico, o presidente do conselho de administração da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM), entidade gestora do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), ou Zona Franca, Roy Garibaldi, alertou para a necessidade de até ao final do ano se prorrogar a admissão de novas empresas, evitando que novas empresas não se possam registar na Zona Franca.