Governo espera 12 milhões de euros para o novo hospital
A obra do novo hospital deverá ter uma execução financeira a rondar os 24 milhões de euros, em 2022, pelo que o Governo Regional espera que a proposta do Orçamento de Estado para o próximo ano contemple uma verba de 12 milhões de euros para a obra, correspondentes aos 50% dos custos do investimento no ano.
Neste momento, já se encontram no terreno as obras referentes à primeira fase do novo Hospital Central da Madeira - Escavações e Contenções periféricas, estando também já adjudicada a prestação de serviços de fiscalização das empreitadas de construção.
Para 2022, a Região prevê que se mantenham em curso os trabalhos referentes à primeira fase da obra devendo, também, ter início no último trimestre de 2022, os trabalhos referentes à segunda fase da obra, cujo concurso público internacional se encontra em preparação pela Secretaria Regional de Infraestruturas e Equipamentos.
Assim, para 2022, a “Região prevê que a obra do novo hospital tenha uma execução financeira a rondar os 24 milhões de euros, sendo nossa expectativa que o Orçamento do Estado para 2022 contemple os 50% necessários para garantir o cofinanciamento do Estado da obra, ou seja, um montante a rondar os 12 milhões de euros”, disse, ao JM, o secretário regional das Finanças.
A previsão de execução financeira da empreitada para 2022 já foi comunicada pelos serviços do Governo Regional da Madeira à Direção Geral do Orçamento e à Direção Geral do Tesouro e Finanças pelo que, o Governo Regional tem “a legítima espectativa”, de que este seja o montante a ser inscrito no Orçamento do Estado para 2022.
O modelo Z-score de Altman é utilizado pela área financeira, como uma ferramenta capaz de prever o estado de dificuldades financeiras de qualquer organização, usando vários valores de balanço patrimonial e demonstração dos resultados. A ideia de Altman de desenvolver uma fórmula para prever a falência começou na época da Grande Depressão.
O modelo Z- Score de Altman consiste, desta forma, numa análise linear, na qual cinco medidas são objetivamente ponderadas e somadas para atingir um rácio geral que serve de base à classificação das empresas em dois grupos: (potencialmente) falidas ou não falidas.
A fórmula Z-score é:
Z-score = 0.012 (X1) + 0.014 (X2) + 0.033 (X3) + 0.006 (X4) +0.999 (X5)
Em que:
X1 = Fundo de maneio / Ativo total. Mede os activos líquidos em relação à dimensão do balanço.
X2 = Resultados transitados / Ativo total. Mede a capacidade de gerar lucro da empresa.
X3 = EBIT / Ativo total. Mede a eficiência operacional sem levar em conta impostos e alavancagem. X4 = Valor de mercado / Total do passivo. Acrescenta a reação do mercado como um possível indicador avançado.
X5 = Vendas / Ativo total. É uma medida standard de turnover (pode variar bastante de indústria para indústria, devido a margens diferentes)
No seu estudo, Altman descobriu que o rácio do grupo de empresas falidas tinha uma média de -0.25, e o grupo de não-falidas tinha uma média de 4.48. Assim, definiu as seguintes zonas para o Z-score:
Para 2022, a “Região prevê que a obra do novo hospital tenha uma execução financeira a rondar os 24 milhões de euros.
Z > 2.99 - Zona segura – A empresa pode estar a salvo, com base na sua capacidade financeira.
1.8 < Z < 2.99 - Zona cinzenta – Esta zona é a zona de alerta, quanto mais próximo de 1.8 maior a probabilidade de a empresa entrar em falência.
Z < 1.80 - Zona perigosa – A empresa está certamente "em dificuldades" e o risco de falência é muito alto
Dr. Élvio Camacho
Mestre em Gestão e Docente no ISAL e na Universidade da Madeira