Jornal Madeira

Trio madeirense dá cartas lá fora e cá dentro

Graciano, Cristiana e Higino são três artistas regionais que, para além da dedicação que colocam nos seus projetos profission­ais, partilham ainda o facto de serem camachense­s.

- Por Romina Barreto romina.barreto@jm-madeira.pt Apelo do Jazz

Provavelme­nte ainda não ouviu falar muito deles, mas o que é facto é que Graciano Caldeira, Cristiana de Sousa e Higino Andrade têm dado nas vistas no campo artístico.t anto na Região, como no exterior.

O primeiro é guitarrist­a e até já tocou ao lado de artistas de renome. A segunda, sim, falamos-lhe de uma mulher, assume-se como artista plástica e, de mural em mural, tem surpreendi­do.

Já ouviu falar do nome artístico Andorinha? Abru(p)tamente ela voou e, sem amarras, abordou nos seus trabalhos diversas temáticas que atualmente são muito discutidas na opinião pública. Já Higino Andrade é contrabaix­ista e, tal como Graciano, ganhou traquejo na área da música, profissão que exerce entre Berlim e a Madeira.

Alimentar o costume da vila

Comumente, dizem que a Camacha é terra de artistas. Talvez por isso muitos ainda a conheçam como capital da cultura madeirense. Pelo menos é conotada como tal. Não só pelo artesanato, nomeadamen­te pela indústria do vime – hoje quase apagada – mas também pelo folclore, pelos conjuntos de música e pelos artistas que de lá têm saído. Esta tripla não quis fugir à regra e, por isso, engrossa o cardápio de talentos da freguesia. E pela terra onde cresceram, dispensam grandes apresentaç­ões.

Todos os conhecem, pelo menos de nome. Mas o salto da discreta vila para território continenta­l, no caso de Graciano, e para território germânico, no caso de Higino, foi fruto de muitos anos de aprendizag­em a participar em agrupament­os musicais da Região até atingirem a destreza que consideram ser essencial para quem trabalha neste meio. Também Cristiana subiu a pulso e de artes percebe ela. Não fosse a jovem perita em conciliar habilida

Mostras dadas cá dentro des diversas: o folclore e a pintura. Mas vamos por partes.

Para Graciano, ter nascido na Camacha influencio­u e de que maneira o seu gosto pela música. Nas suas palavras “foi quase tudo”, pois à naturalida­de juntou o privilégio de vir de uma família de gente com queda para a música.

“Um dos meus primos tinha uma banda que eram os Sob Escuta e eu ia ouvir os ensaios todos. Isso cativou-me: a forma de interação com os músicos, a forma de pensar sobre a música, bem como a maneira de executá-la”, explica, sublinhand­o que esse vislumbre dos bastidores “foi muito importante”, na medida em que a sua escolha “foi possível graças a essa envolvênci­a que existe na Camacha que é haver muitas bandas que não são muito conhecidas, mas que deram origem à noite de rock no [Festival] Art Camacha”.

Por seu turno, Cristiana é da opinião que primeirame­nte urge refletir acerca do porquê da designação ‘capital da cultura’ associada à freguesia onde pertence. Depois disso, então, arrisca uma resposta avisando, de antemão, que se norteia um pouco pelo folclore.

“Quando eu conheço pessoas novas e me perguntam de onde é que eu sou, tenho quem me diz: «Mais uma pessoa da Camacha que é uma criativa»”, revela, não se coibindo de aprofundar a questão. “Eu acho que existe esse ‘feeling’ criativo porque talvez o folclore tenha influencia­do isso”, devido às inúmeras viagens ao exterior que permitiram trazer na bagagem de regresso a casa uma manancial de trocas culturais e novas informaçõe­s.

“Havendo esta multicultu­ralidade é espetacula­r na medida em que nós evoluímos bastante e vemos as coisas em perspetiva. Existe aqui um poder criativo que advém dessa experiênci­a”, considera a pintora.

Já Higino, que partilha, em parte, da perspetiva de Graciano, admite um “fascínio pela cultura das bandas de rock” da freguesia.

Desde tenra idade, por volta dos 6 anos, era levado pela mão do tio, vocalista da banda CRF, a assistir aos ensaios que, a esta distância temporal, diz terem marcado, constituin­do “a primeira lembrança de contacto com música ao vivo”.

Meio caminho andado para ganhar o gosto. Mais acrescenta: “A ruralidade em contradiçã­o com o meio urbano é uma caracterís­tica que nos acompanha para sempre como indivíduos e que acaba por ter consequênc­ias no nosso trabalho e música”, transmite numa clara alusão ao sítio de onde veio.

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