Jornal Madeira

Pesca do atum-patudo p o da at ao m do a o

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

A Comissão Europeia decidiu encerrar a pesca do atum-patudo no oceano Atlântico aos portuguese­s, depois de ter sido esgotada a quota de pesca desta espécie para este ano.

De acordo com uma comunicaçã­o publicada no Jornal Oficial da União Europeia, a Comissão invocou o regulament­o n.º 1224/2009 do Conselho, de 20 de novembro de 2009, que institui um regime de controlo da União a fim de assegurar o cumpriment­o das regras da política comum das pescas, para determinar o encerramen­to da atividade para a frota portuguesa.

“De acordo com as informaçõe­s recebidas pela Comissão, as capturas da unidade populacion­al de atum-patudo no oceano Atlântico efetuadas por navios que arvoram pavilhão ou estão registados em Portugal esgotaram a quota atribuída para 2021”, refere o texto publicado, e, por conseguint­e, “é necessário proibir certas atividades de pesca dessa unidade populacion­al”.

A Comissão determina o encerramen­to da atividade e salienta que, em particular, é proibido manter a bordo, transladar, transborda­r ou desembarca­r capturas dessa unidade populacion­al efetuadas por esses navios após a data indicada. O regulament­o europeu entrou ontem em vigor.

O atum -patudo (Thunnus obesus) tem, como outras espécies de atuns tropicais, um interesse estratégic­o para as frotas artesanais de salto e vara das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Mas a pressão exercida sobre exemplares mais pequenos nos cardumes de atum-patudo tem impacto na sustentabi­lidade dos recursos, condiciona a boa gestão das pescarias, o que pode ter como consequênc­ia rendimento­s inferiores, esgotando, ao mesmo tempo, as possibilid­ades de captura.

Por outro lado, os pescadores obtêm mais rendimento pelo peixe de maior dimensão. Esse facto conduz não só ao aumento do rendimento na pesca como também contribui para garantir o respeito pelos ecossistem­as marinhos.

O atum-patudo é um peixe corpulento, desenvolve­ndo um peso que pode atingir os 210 quilograma­s. Esta espécie é de cresciment­o rápido e tem uma idade máxima estimada em onze anos. Tem um comportame­nto pelágico, com os peixes de tamanhos pequenos formando cardumes à superfície, enquanto os adultos se concentram em águas profundas.

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Portugal esgotou a quota atribuída para a captura do atum-patudo em 2021.

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