Gouveia e Melo veio ver os drones militares
Henrique Gouveia e Melo, que foi apelidado pelos portugueses como “o almirante das vacinas”, reassumiu as funções que desempenhava antes da coordenação da task force e está, desde ontem, na Madeira, no papel de adjunto para coordenação e planeamento do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas (CEMFA).
O que o trouxe agora à ilha foi o projeto de drones aéreos que o Comando Operacional da Madeira está a implementar, conforme esclareceu à saída de uma audiência que teve com o representante da República, Ireneu Barreto, no Palácio de São Lourenço.
Vai ver no terreno o trabalho que tem estado a ser desenvolvido sob o comando do contra-almirante Dores Aresta. Do que conhece do projeto, Gouveia e Melo considera-o uma “cooperação muito interessante, entre as Forças Armadas e as capacidades de engenharia, que estão no foro civil”.
“Coordenar esses esforços e trazê-los a um resultado que seja positivo para ambas as partes [militares e civis]” é agora uma das missões na qual está focado, à semelhança do que fez
Vice-almirante destaca cooperação entre os militares e a sociedade civil, em curso na Madeira, desta vez em matéria de defesa com recurso a drones.
em relação ao plano de vacinação que levou a bom porto, conforme tem sido reconhecido ao mais alto nível e entre a população.
Ainda que tenha despido o camuflado, no passado dia 28, ao dar por cumprida a sua missão perante o Ministério da Saúde, o vice-almirante não se furtou às questões relativamente ao trabalho que desenvolveu. Sobre a lição que poderá ter deixado, começou por dizer que “não há nenhuma lição”, mas, que a haver, será a de que os portugueses “em conjunto” e “em verdadeiro espírito de cooperação” conseguem “fazer muita coisa”.
Sobre o trabalho de campo que foi realizado e deixado, pensa que o Ministério da Saúde “fará bem o seu papel” de agora em diante. A título de curiosidade, e cumprindo o que disse na Gala dos Globos de Ouro da SIC, o vice-almirante entregou esta semana o galardão à ministra Marta Temido.
Questionado também sobre a pressão para dar continuidade à intervenção na esfera pública (há mesmo quem o veja como Presidente da República), Henrique Gouveia e Melo disse que a pergunta já lhe foi feita de “200 formas” e que a resposta tem sido a mesma.
“Estou muito feliz por regressar à minha atividade de militar e também por ter levado a bom termo a missão em que, em conjunto com todos os intervenientes, conseguimos fazer algo útil pelo nosso País”, afirmou, referindo-se à vacinação.
Confrontado também com uma declaração recente do antigo Presidente da República, Ramalho Eanes, que avisou para a “governamentalização” e “partidarização” das forças militares, o vice-almirante disse que não faria comentários e que “não lhe ficaria bem fazer comentários ao general”.
Gouveia e Melo foi depois recebido pelo presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, e iria também à Quinta Vigia, acedendo a um convite de Miguel Albuquerque, com quem, segundo disse, também desenvolveu uma amizade por causa da vacinação.
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