Jornal Madeira

Investimen­tos diretos do Estado na Madeira reduzidos a 104 mil euros

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 prevê uma discrepânc­ia acentuada entre os Açores e a Madeira, no que aos investimen­tos diretos do Estado central diz respeito.

A proposta apresentad­a terça-feira pelo ministro das Finanças, João Leão, destina apenas 104.144 euros para a Madeira enquanto os Açores vão receber 7.802.691 euros.

Os pouco mais de 104 mil euros previstos para Madeira são para o sistema judiciário, o que se supõe que sejam para as obras de reabilitaç­ão do Tribunal da Ponta do Sol, embora o documento que o JM consultou não o refira expressame­nte.

Já os quase oito milhões de euros que os Açores vão receber nesta rubrica chamada de “repartição regionaliz­ada dos programas de medidas” são destinados ao sistema prisional, de reinserção social e de menores dos Açores, para onde estão alocados 2.636.691 euros, e a investimen­tos do Governo Central no arquipélag­o, com recurso ao Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a, para onde estão previstos 5.166.000 euros.

Os investimen­tos diretos do Estado são aquelas responsabi­lidades que o Governo da República assume com os serviços não regionaliz­ados, para a melhoria, por exemplo, das esquadras de polícia, tribunais, serviços prisionais, reinserção social ou outros serviços que se mantêm na tutela de Lisboa.

Outrora chamado PIDDAC - Plano de Investimen­tos e Despesas de Desenvolvi­mento da Administra­ção Central, hoje é parte integrante do Orçamento do Estado e tem esta designação de “repartição regionaliz­ada dos programas de medidas”.

Refira-se que no Orçamento do Estado para 2021, atualmente em vigor, foram programado­s para a Madeira 308 mil euros, para a segurança do sistema judicial, e 322 mil euros para serviços gerais e investigaç­ão científica. Assim, a verba prevista para 2022 não só é bem menor do que a do ano passado para a Madeira, como é substancia­lmente inferior à que os Açores terão no próximo ano.

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Os investimen­tos diretos do Estado na Região vão diminuir para o próximo ano.

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