JPP quer mas PPP rodoviárias não serão renegociadas
O JPP defendeu ontem uma nova revisão das Parcerias Público Privadas (PPP) rodoviárias, no encontro que manteve com o secretário regional das Finanças, no âmbito da auscultação do Governo aos partidos para a preparação da proposta do Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2022.
“Como sabemos, o total das PPP vai ascender até ao término do contrato a dois mil milhões de euros. Este é um valor aberrante, que não faz qualquer tipo de sentido e que, apesar de já ter sido renegociado permitindo a poupança de valores consideráveis, não pode ficar por aqui”, disse o porta-voz do JPP, Rafael Nunes, defendendo a “renegociação”.
“Sabemos claramente que existe excesso de gastos nesta área que deverão ser equacionados, principalmente quando temos uma situação pandémica como a atual. Existem prioridades e as prioridades não podem passar pelas PPP rodoviárias”, defendeu.
Aos jornalistas, o secretário regional das Finanças não mostrou, no entanto, disponibilidade para avançar com uma nova revisão dos contratos com as empresas que gerem as vias rápidas e vias expresso.
“Não nos parece que seja algo que mereça o nosso esforço nesta fase, tal como tive oportunidade de recordar ao JPP, as PPP rodoviárias foram revistas no início da década anterior, no âmbito do plano de ajustamento, e foram obtidos ganhos consideráveis dessa renegociação. Na altura, foi publicamente assumido e reconhecido até pelo Tribunal de Contas que foram as renegociações de PPP rodoviárias que, no âmbito nacional, maiores poupanças trouxeram ao erário público”, alegou, mencionando ainda que o serviço prestado “é de reconhecida qualidade”.