Educação segue 30 alunos cegos ou com baixa visão
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A Direção de Serviços de Educação Especial e a Divisão de Acompanhamento à Surdez e Cegueira, na tutela da Direção Regional da Educação, estão a acompanhar, atualmente, 30 crianças, alunos e adultos com cegueira ou baixa visão. Destes, a maioria é do Funchal, com 20 pessoas, seguindo-se Câmara de Lobos, com três, Machico, Ribeira Brava e Santa Cruz, com dois cada, e Calheta, com um indivíduo.
Os dados foram facultados pela Secretaria Regional de Educação,
Ciência e Tecnologia, por ocasião do Dia Internacional da Bengala Branca (símbolo da independência, da dignidade e da capacidade das pessoas cegas), numa iniciativa, ontem, no centro cívico e na escola EB1/PE do Estreito de Câmara de Lobos.
“As crianças e alunos com cegueira ou baixa visão encontram-se a frequentar os estabelecimentos de educação e ensino da sua área de residência, no que à educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico diz respeito, e ou nas escolas de referência no domínio da visão para os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário. São três as escolas de referência no domínio da visão
CRIANÇAS/ALUNOS/ADULTOS (Escola Básica 123 PE Bartolomeu Perestrelo, EB23 da Torre e Escola Secundária Francisco Franco)”, explicou a tutela.
Na iniciativa ontem realizada no Estreito de Câmara de Lobos, o secretário regional de Educação destacou o trabalho que tem sido feito em prol deste grupo de alunos para a sua inclusão plena nas escolas e desempenhos comunitários, elogiando o esforço dos docentes e técnicos nesse sentido. “Não criamos becos, deixámos há muito de ter esses espaços específicos para dar respostas específicas. Felizmente, hoje, damos respostas específicas em contextos mais globais”, sublinhou Jorge Carvalho.
Foram promovidas atividades de orientação e mobilidade, com o objetivo de os alunos experimentarem o uso de outros sentidos que não a visão. Foram também partilhados testemunhos de invisuais. Ivo Henriques, psicólogo, que trabalha na DRE, no apoio às escolas, e a professora de música Noélia Fernandes explicaram aos presentes como passaram a ‘ver’ e a orientar-se com o uso da bengala branca desde crianças à fase adulta e vida profissional. “Esta bengala, para além de nos dar autonomia, eu ainda olho para ela como sendo os meus olhos”, disse Noélia Fernandes.