Jornal Madeira

Educação segue 30 alunos cegos ou com baixa visão

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

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A Direção de Serviços de Educação Especial e a Divisão de Acompanham­ento à Surdez e Cegueira, na tutela da Direção Regional da Educação, estão a acompanhar, atualmente, 30 crianças, alunos e adultos com cegueira ou baixa visão. Destes, a maioria é do Funchal, com 20 pessoas, seguindo-se Câmara de Lobos, com três, Machico, Ribeira Brava e Santa Cruz, com dois cada, e Calheta, com um indivíduo.

Os dados foram facultados pela Secretaria Regional de Educação,

Ciência e Tecnologia, por ocasião do Dia Internacio­nal da Bengala Branca (símbolo da independên­cia, da dignidade e da capacidade das pessoas cegas), numa iniciativa, ontem, no centro cívico e na escola EB1/PE do Estreito de Câmara de Lobos.

“As crianças e alunos com cegueira ou baixa visão encontram-se a frequentar os estabeleci­mentos de educação e ensino da sua área de residência, no que à educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico diz respeito, e ou nas escolas de referência no domínio da visão para os 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário. São três as escolas de referência no domínio da visão

CRIANÇAS/ALUNOS/ADULTOS (Escola Básica 123 PE Bartolomeu Perestrelo, EB23 da Torre e Escola Secundária Francisco Franco)”, explicou a tutela.

Na iniciativa ontem realizada no Estreito de Câmara de Lobos, o secretário regional de Educação destacou o trabalho que tem sido feito em prol deste grupo de alunos para a sua inclusão plena nas escolas e desempenho­s comunitári­os, elogiando o esforço dos docentes e técnicos nesse sentido. “Não criamos becos, deixámos há muito de ter esses espaços específico­s para dar respostas específica­s. Felizmente, hoje, damos respostas específica­s em contextos mais globais”, sublinhou Jorge Carvalho.

Foram promovidas atividades de orientação e mobilidade, com o objetivo de os alunos experiment­arem o uso de outros sentidos que não a visão. Foram também partilhado­s testemunho­s de invisuais. Ivo Henriques, psicólogo, que trabalha na DRE, no apoio às escolas, e a professora de música Noélia Fernandes explicaram aos presentes como passaram a ‘ver’ e a orientar-se com o uso da bengala branca desde crianças à fase adulta e vida profission­al. “Esta bengala, para além de nos dar autonomia, eu ainda olho para ela como sendo os meus olhos”, disse Noélia Fernandes.

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acompanhad­os são do Funchal.

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