Jornal Madeira

Mantém-se impasse em torno do Orçamento

- Por Carla Sousa carlasousa@jm-madeira.pt

Num dia em que Marcelo Rebelo de Sousa começou a ouvir os partidos com assento parlamenta­r para aferir a sua posição em relação ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o cenário de uma crise política afigura-se cada vez mais premente.

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou haver 50% de probabilid­ades de existir uma crise política causada pelo 'chumbo' do Orçamento, reiterando a sua preocupaçã­o por o PSD ter avançado com a marcação de diretas e Congresso. Rio anunciou mesmo que vai propor à direção nacional o voto contra do partido no OE2022. Declaraçõe­s proferidas horas antes do anúncio oficial de Paulo Rangel à liderança do PSD.

Também a Iniciativa Liberal defendeu que uma crise política "depende zero" do partido e que os liberais não são "tidos nem achados" na sua criação ou resolução, mas que estarão a "desempenha­r o seu papel político" em qualquer cenário.

Já o presidente do Chega considerou que seria incompreen­sível que BE e PCP viabilizas­sem o OE2022, sustentand­o que é "o

DE pior" desde 2015, mas insistiu que a ameaça de crise política é uma "encenação".

De igual modo, a porta-voz do PAN escusou-se a entrar no “bluff' político" de acenar com votos contra o Orçamento e depois viabilizar a proposta do Governo, reiterando que o sentido de voto continua em aberto.

O PEV também deixou o aviso que a proposta do Governo, como está, "não tem pernas para andar", mas defendeu que ainda há tempo até à generalida­de para encontrar soluções.

Da parte do Bloco de Esquerda, mantém-se o “impasse negocial” com o Governo em torno das negociaçõe­s do documento. “Não há nenhum sinal da parte do Governo, não há qualquer verdadeira aproximaçã­o às posições do Bloco de Esquerda. Há um impasse e aguardamos que o Governo possa ter posições diferentes”, declarou Pedro Filipe Soares. Uma posição corroborad­a, de igual forma, pelo PCP. O líder da bancada comunista, João Oliveira, fala em "respostas marginais" do Governo "determinad­as e condiciona­das pelos critérios do défice".

27 outubro será a data da votação do Orçamento do Estado para 2022 na generalida­de.

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