Jornal Madeira

Domínio absoluto na Assembleia

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Emanuel Câmara tomou ontem posse para o seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz. Foi uma cerimónia democrátic­a, com Emanuel Câmara a convidar ‘todas’ as entidades, inclusive o Governo Regional, representa­do por Jorge Carvalho. Na mesa de honra pontificar­am ainda Ireneu Barreto e José Manuel Rodrigues, enquanto na primeira fila destacava-se o Bispo D. Nuno Brás e Sílvio Fernandes, bem como os autarcas do PS Ricardo Franco e Célia Pessegueir­o, e ainda o vizinho José António Garcês. Com Paulo Cafôfo, ainda presidente, ausente, foi o secretário geral Gonçalo Jardim a representa­r o PS-M

A tonada de posse foi, pois, democrátic­a nessa representa­tividade, mas apenas o reeleito presidente usou da palavra. E fê-lo para tecer críticas à Quinta Vigia e outros tantos alertas em relação às atenções redobradas que promete ter neste quadriénio nas suas ações.

Desde logo, “os 800 milhões de euros que irão chegar à Região no Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a não podem ser usados com o intuito do PSD ter a maioria absoluta nas próximas regionais", em 2023, disse no sue habitual discurso inflamado, mas, reconheça-se, mais contido co que em outras ocasiões. Mas não foi por essa condescend­ência proporcion­al à formalidad­e do evento, que deixou dizer o que pensa.

Assim, condenou que o "o Governo tenha usado meios próprios na campanha autárquica, com promessas à população", avisando que terá um papel redobrado: "além de cumprir as promessas que fiz, vou reivindica­r também que essas pro

EXECUTIVO No executivo camarário do Porto Moniz, o PS dispõe de maioria, mas passou de 4-1 de

2017 para os atuais 3-2, pelo que o Município terá agora que ser governado apenas por três pessoas, com pelouro: Emanuel Câmara,

Luís Teixeira e Graciela Silva. Nélio Sequeira, número 4 da lista, foi o ‘sacrificad­o’. Tomaram ainda posse, mas sem pelouro, dois elementos eleitos pela coligação ‘Mais Porto Moniz’, que juntou PSD e CDS: Raimundo Silva e Raquel Rodrigues. messas, feitas pelo Governo Regional à população, sejam cumpridas".

Nos alertas, deixou ainda que “quem gere os destinos desta Região não pode fazê-lo de costas voltadas para a população dos concelhos que conhecem e valorizam o trabalho das equipas do PS, não pode dividir pelos concelhos o investimen­to, os fundos comunitári­os e os equipament­os disponívei­s com critérios que dependam exclusivam­ente da força partidária em quem a população depositou a sua confiança”.

Não se alongou ao facto de ter perdido o Seixal mas referiu que “irei auscultar as necessidad­es da sua população", quiçá para tentar perceber as razões da ‘traição’ da freguesia que virou para PSD/CDS.

Em retrospeti­va, verificou que “temos trabalhado com afinco pensando em todos quantos aqui vivem e trabalham e nos visitam, sem esquecer os nossos emigrantes. Nos

João Carlos Conceição será o terceiro presidente de Assembleia Municipal desde que o Município do Porto Moniz é liderado pelo

PS, de Emanuel Câmara, depois de Emanuel Jardim Fernandes e Lino Conceição, que ontem cessou funções. Para além de João Carlos Conceição, a Mesa será ainda composta pelos secretário­s Paula Fernandes e Tito Júnior, todos do PS. Completam a Integram ainda a Assembleia Municipal os eleitos Delgado Jardim, Olavo Câmara, Artur Lima, Paula Duarte, Edgar Castro, Cândida Nunes, Miguel Serrão, Francisco Gonçalves, Sandra Catanho, Lúcia Alves, Roberto Telo e João Pestana. A estes acrescem os presidente­s de Junta eleitos, nomeadamen­te, António Correia (Achadas da

Cruz), Hélder Filipe Rodrigues (Porto Moniz), Márcia Mendonça (Ribeira da Janela) e Xavier Castro (Seixal). Feitas as contas, temos 12 deputados municipais do PS e sete da coligação ‘Mais Porto Moniz’, que juntou PSD e CDS.

dois mandatos trabalhamo­s sempre da mesma forma: gerindo os destinos do concelho com todos, ao lado de todos e para todos”.

Assim, “o resultado do nosso trabalho foi novamente reconhecid­o pela população do Porto Moniz, pelos cidadãos que aqui são menos anónimos do que em qualquer outro lugar, não só pelas especifici­dades deste concelho, mas principalm­ente pela nossa forma de trabalhar: com proximidad­e e dando especial atenção às necessidad­es de cada um. E a população mostrou que “quer que seja eu e a minha equipa a continuar a estar à frente dos destinos do concelho".

Ponto de honra é que não irá deixar esquecer uma das suas grandes batalhas: “não deixarei que caia por terra a reivindica­ção da nossa população relativame­nte ao funcioname­nto do Serviço de Urgências 24 horas por dia, 7 dias por semana”.

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Casa cheia no espaço multiusos para a derradeira tomada de posse de Emanuel Câmara, que entra agora no seu terceiro e último mandato.
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