Domínio absoluto na Assembleia
Emanuel Câmara tomou ontem posse para o seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz. Foi uma cerimónia democrática, com Emanuel Câmara a convidar ‘todas’ as entidades, inclusive o Governo Regional, representado por Jorge Carvalho. Na mesa de honra pontificaram ainda Ireneu Barreto e José Manuel Rodrigues, enquanto na primeira fila destacava-se o Bispo D. Nuno Brás e Sílvio Fernandes, bem como os autarcas do PS Ricardo Franco e Célia Pessegueiro, e ainda o vizinho José António Garcês. Com Paulo Cafôfo, ainda presidente, ausente, foi o secretário geral Gonçalo Jardim a representar o PS-M
A tonada de posse foi, pois, democrática nessa representatividade, mas apenas o reeleito presidente usou da palavra. E fê-lo para tecer críticas à Quinta Vigia e outros tantos alertas em relação às atenções redobradas que promete ter neste quadriénio nas suas ações.
Desde logo, “os 800 milhões de euros que irão chegar à Região no Plano de Recuperação e Resiliência não podem ser usados com o intuito do PSD ter a maioria absoluta nas próximas regionais", em 2023, disse no sue habitual discurso inflamado, mas, reconheça-se, mais contido co que em outras ocasiões. Mas não foi por essa condescendência proporcional à formalidade do evento, que deixou dizer o que pensa.
Assim, condenou que o "o Governo tenha usado meios próprios na campanha autárquica, com promessas à população", avisando que terá um papel redobrado: "além de cumprir as promessas que fiz, vou reivindicar também que essas pro
EXECUTIVO No executivo camarário do Porto Moniz, o PS dispõe de maioria, mas passou de 4-1 de
2017 para os atuais 3-2, pelo que o Município terá agora que ser governado apenas por três pessoas, com pelouro: Emanuel Câmara,
Luís Teixeira e Graciela Silva. Nélio Sequeira, número 4 da lista, foi o ‘sacrificado’. Tomaram ainda posse, mas sem pelouro, dois elementos eleitos pela coligação ‘Mais Porto Moniz’, que juntou PSD e CDS: Raimundo Silva e Raquel Rodrigues. messas, feitas pelo Governo Regional à população, sejam cumpridas".
Nos alertas, deixou ainda que “quem gere os destinos desta Região não pode fazê-lo de costas voltadas para a população dos concelhos que conhecem e valorizam o trabalho das equipas do PS, não pode dividir pelos concelhos o investimento, os fundos comunitários e os equipamentos disponíveis com critérios que dependam exclusivamente da força partidária em quem a população depositou a sua confiança”.
Não se alongou ao facto de ter perdido o Seixal mas referiu que “irei auscultar as necessidades da sua população", quiçá para tentar perceber as razões da ‘traição’ da freguesia que virou para PSD/CDS.
Em retrospetiva, verificou que “temos trabalhado com afinco pensando em todos quantos aqui vivem e trabalham e nos visitam, sem esquecer os nossos emigrantes. Nos
João Carlos Conceição será o terceiro presidente de Assembleia Municipal desde que o Município do Porto Moniz é liderado pelo
PS, de Emanuel Câmara, depois de Emanuel Jardim Fernandes e Lino Conceição, que ontem cessou funções. Para além de João Carlos Conceição, a Mesa será ainda composta pelos secretários Paula Fernandes e Tito Júnior, todos do PS. Completam a Integram ainda a Assembleia Municipal os eleitos Delgado Jardim, Olavo Câmara, Artur Lima, Paula Duarte, Edgar Castro, Cândida Nunes, Miguel Serrão, Francisco Gonçalves, Sandra Catanho, Lúcia Alves, Roberto Telo e João Pestana. A estes acrescem os presidentes de Junta eleitos, nomeadamente, António Correia (Achadas da
Cruz), Hélder Filipe Rodrigues (Porto Moniz), Márcia Mendonça (Ribeira da Janela) e Xavier Castro (Seixal). Feitas as contas, temos 12 deputados municipais do PS e sete da coligação ‘Mais Porto Moniz’, que juntou PSD e CDS.
dois mandatos trabalhamos sempre da mesma forma: gerindo os destinos do concelho com todos, ao lado de todos e para todos”.
Assim, “o resultado do nosso trabalho foi novamente reconhecido pela população do Porto Moniz, pelos cidadãos que aqui são menos anónimos do que em qualquer outro lugar, não só pelas especificidades deste concelho, mas principalmente pela nossa forma de trabalhar: com proximidade e dando especial atenção às necessidades de cada um. E a população mostrou que “quer que seja eu e a minha equipa a continuar a estar à frente dos destinos do concelho".
Ponto de honra é que não irá deixar esquecer uma das suas grandes batalhas: “não deixarei que caia por terra a reivindicação da nossa população relativamente ao funcionamento do Serviço de Urgências 24 horas por dia, 7 dias por semana”.
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