Ordem alerta para falta de contabilistas num curto prazo
A Madeira dispõe atualmente de 1.107 contabilistas. Um número equilibrado que tem conseguido dar resposta às necessidades das empresas, mas que deve ser insuficiente num curto prazo, afirma a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC). Paula Franco chegou ontem à Região para uma ação de campanha com vista a reeleição por mais quatro anos.
“Há uma falta generalizada de contabilistas em todo o País. Neste momento, os profissionais conseguem corresponder as necessidades das empresas da Madeira. É um número equilibrado, mas é natural que num curto prazo comece a existir falta”, adiantou ao JM a porta-voz dos contabilistas, acrescentando que é preciso cativar mais pessoas para a profissão, criando melhores remunerações e melhores conduções de trabalho.
Satisfeita com o “forte apoio” à sua recandidatura por parte dos membros regionais da Ordem, a bastonária, que deixou a Região esta manhã, participou ontem num jantar de apresentação de candidatura em Santana, altura em que ouviu os contabilistas e debateu o contexto pós-pandemia.
Para Paula Franco, os desafios atuais da classe passam por garantir a capacidade de os profissionais acompanharem o tecido empresarial na retoma com qualidade e rigor, sobretudo na Região onde as ajudas são muito direcionadas para o Turismo e há “sempre mais apoios do que ao nível nacional”.
“Por isso é que já iniciámos uma reunião livre mensal para divulgar os apoios que existem para a Região e isso é importante para que os contabilistas possam aplicar os pedidos de apoio corretamente e
para que possam clarifica-los. É extremamente importante a parceria com o Governo Regional no sentido de ajudar na correta aplicação dos apoios”, sublinha, lembrando o papel dos contabilistas durante a pandemia.
“Não fossem os contabilistas teria sido muito mais difícil os apoios chegarem às empresas. Eles são o pilar das empresas, principalmente micro e pequenas”, sublinha.
Zona Franca beneficia o País
Sem um regime fiscal mais vantajoso, as empresas não vão permanecer na Zona Franca da Madeira, o que vai ser prejudicial para a Região, mas também para o País, atesta Paula Franco.
“Ou se acaba para todas – há outros países também dispõem de sistemas ficais mais vantajosos – ou não vejo razão para a Zona Franca da Madeira ser prejudicada”, conclui.