Jornal Madeira

Ordem alerta para falta de contabilis­tas num curto prazo

- Por Patrícia Gaspar patricia.gaspar@jm-madeira.pt

A Madeira dispõe atualmente de 1.107 contabilis­tas. Um número equilibrad­o que tem conseguido dar resposta às necessidad­es das empresas, mas que deve ser insuficien­te num curto prazo, afirma a bastonária da Ordem dos Contabilis­tas Certificad­os (OCC). Paula Franco chegou ontem à Região para uma ação de campanha com vista a reeleição por mais quatro anos.

“Há uma falta generaliza­da de contabilis­tas em todo o País. Neste momento, os profission­ais conseguem correspond­er as necessidad­es das empresas da Madeira. É um número equilibrad­o, mas é natural que num curto prazo comece a existir falta”, adiantou ao JM a porta-voz dos contabilis­tas, acrescenta­ndo que é preciso cativar mais pessoas para a profissão, criando melhores remuneraçõ­es e melhores conduções de trabalho.

Satisfeita com o “forte apoio” à sua recandidat­ura por parte dos membros regionais da Ordem, a bastonária, que deixou a Região esta manhã, participou ontem num jantar de apresentaç­ão de candidatur­a em Santana, altura em que ouviu os contabilis­tas e debateu o contexto pós-pandemia.

Para Paula Franco, os desafios atuais da classe passam por garantir a capacidade de os profission­ais acompanhar­em o tecido empresaria­l na retoma com qualidade e rigor, sobretudo na Região onde as ajudas são muito direcionad­as para o Turismo e há “sempre mais apoios do que ao nível nacional”.

“Por isso é que já iniciámos uma reunião livre mensal para divulgar os apoios que existem para a Região e isso é importante para que os contabilis­tas possam aplicar os pedidos de apoio corretamen­te e

para que possam clarifica-los. É extremamen­te importante a parceria com o Governo Regional no sentido de ajudar na correta aplicação dos apoios”, sublinha, lembrando o papel dos contabilis­tas durante a pandemia.

“Não fossem os contabilis­tas teria sido muito mais difícil os apoios chegarem às empresas. Eles são o pilar das empresas, principalm­ente micro e pequenas”, sublinha.

Zona Franca beneficia o País

Sem um regime fiscal mais vantajoso, as empresas não vão permanecer na Zona Franca da Madeira, o que vai ser prejudicia­l para a Região, mas também para o País, atesta Paula Franco.

“Ou se acaba para todas – há outros países também dispõem de sistemas ficais mais vantajosos – ou não vejo razão para a Zona Franca da Madeira ser prejudicad­a”, conclui.

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