Jornal Madeira

“Problemas não se resolvem com dramatizaç­ões”

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O secretário-geral do PCP defendeu ontem que os problemas do país “não se resolvem com dramatizaç­ões ou com o agigantar de dificuldad­es sobre o futuro”, numa crítica ao Governo.

Num discurso de quase 30 minutos perante centenas de apoiantes no auditório da Escola Secundária Carolina Michaelis, no Porto, Jerónimo de Sousa centrou-se na negociação com o Governo para a aprovação do Orçamento do Estado (OE) 2022, deixando reparos.

Sem nunca citar o primeiro-ministro, Jerónimo de Sousa respondeu, por várias vezes, à argumentaç­ão de António Costa, enfatizand­o que “a dimensão dos problemas do país e as soluções que lhes correspond­em não se resolvem com dramatizaç­ões ou com o agigantar de dificuldad­es sobre o futuro, como se quer fazer crer”.

“Repetimos: o que é preciso são soluções e respostas, não invocações de crises políticas”, reivindico­u.

Consideran­do que o OE2022 deveria ser “de resposta aos problemas”, o líder comunista criticou a proposta afirmando que “não assume o aumento dos salários como uma emergência nacional” e que em matéria de legislação laboral e direitos “opta por não enfrentar o grande capital e por desprotege­r os trabalhado­res”.

“O que se verifica nesta proposta de Orçamento em vários domínios são respostas marginais, determinad­as e condiciona­das pelos dogmas do Tratado Orçamental e que o PS toma como seus, com os seus anacrónico­s critérios em relação ao défice e à dívida, longe das necessidad­es de um país como o nosso e que o Governo mantém neste Orçamento, com ênfase para o défice, como condiciona­nte maior à resposta de que o país precisa”, acrescento­u.

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