Três candidaturas para a construção do Museu de Arqueologia
O concurso para a recuperação da Fortaleza de São Tiago, localizada na zona velha da cidade do Funchal, recebeu três candidaturas, confirmou ao JM a diretora regional de Turismo e Cultura, Teresa Brazão.
Neste momento, as candidaturas apresentadas encontram-se em fase de análise por parte do júri do concurso, e apenas após a conclusão da fase de qualificação, os candidatos admitidos poderão apresentar proposta.
A intervenção do forte tem o valor base do procedimento de 715 mil euros e o prazo de execução do contrato é de um ano. Recorde-se que no dia 16 de setembro terminou o prazo para apresentação de candidaturas.
Em declarações ao JM, a diretora regional de Turismo e Cultura explica que a intervenção prevista pretende proceder à recuperação da fortaleza e dos espaços exteriores envolventes, incluindo a adaptação do corpo central como áreas de exposição e de apoio aos visitantes e funcionários e a recuperação exterior dos edifícios da portaria, restaurante e serviços administrativos.
O principal objetivo desta obra é, contudo, a criação do Museu de Arqueologia da Madeira, que irá ser constituído tendo por base o espólio arqueológico proveniente das ruínas do Forte de São Filipe e do Largo do Pelourinho, colocadas a descoberto entre 2013 e 2014 no âmbito do acompanhamento arqueológico realizado pela Direção Regional da Cultura às intervenções nos troços finais das ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes, realizadas na sequência da aluvião de 20 de fevereiro de 2010.
Teresa Brazão adianta que o novo museu contará com uma área expositiva interior de cerca de 445 metros quadrados (m2), num total de seis salas de exposição permanente distribuídas pelos vários pisos.
As restantes áreas funcionais do museu incluirão valências como áreas de apoio ao público”, numa área de 58m2, uma área administrativa, que irá ocupar 100 m2, áreas de serviço, abrangendo 217 m2 e pátios e terraços (esplanadas) exteriores de acesso ao público, preenchendo 2.557 m2.
Relativamente ao número de peças do espólio expostas, a diretora regional de Turismo e Cultura esclarece que “esta informação depende do estudo do espólio arqueológico e do projeto museológico do futuro Museu”.
As candidaturas estão, neste momento, a ser apreciadas pelo júri do concurso, de onde sairá uma decisão sobre o vencedor.