Jornal Madeira

Gonçalo dos Santos pretende unir no que for possível Madeira e África do sul

A sede do Consulado da África do Sul vai ser inaugurada em dezembro e vai ficar localizada na Ribeira Brava, conforme disse, ontem, ao JM, o novo cônsul honorário.

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

O Consulado da África do Sul, que agora passa a ser representa­do por Gonçalo dos Santos, vai ficar localizado na Ribeira Brava, mais concretame­nte no centro da freguesia.

A sede física será inaugurada provavelme­nte em dezembro, conforme disse, ontem, o próprio ao JM. É a primeira vez que o Consulado funciona fora do Funchal.

O novo cônsul honorário deslocou-se ao representa­nte da República para a Madeira, no Palácio de São Lourenço, onde foi recebido em audiência acompanhad­o da embaixador­a da República de África do Sul, Mmamorkwen­a Gaoretelel­we.

Aliás, foi a embaixador­a que, pela segunda vez na Região, fez a apresentaç­ão formal do novo cônsul a Ireneu Barreto.

No encontro, que durou aproximada­mente meia hora, foi abordada a importânci­a da comunidade madeirense residente na África do Sul para o desenvolvi­mento do país. Mmamokwena Gaoretelel­we apontou também o constante interesse em cooperar com a Madeira a diversos níveis, sobretudo ao nível do ensino superior.

Aquela responsáve­l não deixou de apontar a vontade de contribuir para estreitar laços económicos e culturais entre o seu país e a região autónoma. Com esse objetivo, deverá voltar à Madeira com frequência. Aliás, ainda este ano, deverá presidir à cerimónia de inauguraçã­o da sede do Consulado da África do Sul.

Já Gonçalo dos Santos afirmou que as suas grandes e principais preocupaçõ­es serão as de concretiza­r na Madeira aquelas que são as linhas políticas definidas pela Embaixada da África do Sul em Lisboa e pelo Governo sul-africano.

“Tentar unir, naquilo que for possível unir, os dois governos, tendo em vista o relacionam­ento estreito que sempre tiveram”, afirmou Gonçalo dos Santos, o novo cônsul da África do Sul. Já quanto aos problemas manifestad­os pela comunidade portuguesa residente na África do Sul, Gonçalo dos Santos diz que são basicament­e os mesmos de sempre. Quem também recebeu, ontem, a embaixador­a foi o presidente da Assembleia Legislativ­a da Madeira, José Manuel Rodrigues. A diplomata sul-africana fez questão de relevar os laços que, há várias gerações, unem os dois povos, lembrando que dos 500 mil emigrantes portuguese­s na África do Sul mais de metade são madeirense­s. Dedicando-se, sobretudo, às atividades ligadas à agricultur­a, ao comércio, à indústria automóvel e construção civil, esta comunidade tem os seus primórdios no início dos anos 40, época em que a Segunda Guerra Mundial espoletou grandes dificuldad­es económicas, levando a que muitos madeirense­s partissem rumo àquele destino em busca de melhores condições de vida.

Peter Booth, anterior cônsul da África do Sul, esteve praticamen­te duas décadas no cargo, sendo que o Consulado funcionava numa unidade hoteleira do Funchal.

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A primeira audiência do dia foi com Ireneu Barreto.
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