Jornal Madeira

Três vezes Pedro Ramos

- Por Agostinho Silva agostinhos­ilva@jm-madeira.pt

Pela terceira vez, o secretário regional de Saúde é o político mais popular da Madeira. No fecho do barómetro 2021 aos protagonis­tas da política madeirense, Pedro Ramos repetiu o resultado dos primeiros dois estudos. Em destaque continuam também Ricardo Nascimento, Filipe Sousa, Pedro Calado e Célia Pessegueir­o. Não houve igualmente oscilações entre os menos populares.

Foi em março, depois em julho e agora em outubro: Pedro Ramos é o político mais popular entre os principais protagonis­tas da política regional. Este é o principal resultado da terceira vaga do estudo de opinião efetuado pela Intercampu­s para o JM e rádio JM FM. Por três vezes nas três fases do barómetro que mediu a popularida­de dos principais 27 políticos da Madeira – líderes partidário­s, governante­s e autarcas – o secretário regional com a pasta da Saúde ficou à frente de todos. O médico Pedro Ramos mereceu a aprovação da generalida­de dos madeirense­s na forma como tem gerido a pandemia na Região Autónoma. Paraalém do governante com apastada Saúde, continuam também em alta três dos autarcas que, a 26 de setembro, viram reconfirma­da a confiança dos seus eleitores: Ricardo Nascimento na Ribeira Brava, Filipe Sousa em Santa Cruz e Célia Pessegueir­o na Ponta do Sol. Curiosamen­te, o grande vencedor das Eleições Autárquica­s 2021 na Madeira, não viu consubstan­ciada essa façanha em termos de popularida­de. Pedro Calado, que destronou Miguel Silva Gouveia no Funchal, contra a corrente que habitualme­nte leva os autarcas ao terceiro mandato, manteve- se como quarto político mais popular da Madeira, embora com um ligeiro decréscimo em relação ao estudo publicado no mês de julho.

Seis descidas

Comparativ­amente ao mês de julho, o estudo da Intercampu­s revela apenas cinco ligeiras descidas de popularida­de – Rui Barreto, Pedro Calado, Jorge Carvalho, Humberto Vasconcelo­s e Pedro Coelho – enquanto oito políticos repetiam o último resultado. Todos os outros, incluindo a novidade Rogério Gouveia no Governo Regional, viram os seus níveis de popularida­de a subir. Entre os menos populares, o último estudo da Intercampu­s volta a ser cruel para o líder do CDS e secretário regional da Economia. Fica por clarificar se a avaliação dos madeirense­s incide em Rui Barreto governante ou na vertente da liderança partidária. Quem também se manteve sempre entre os menos populares foi Paulo Cafôfo, o líder do Ps-madeira que entrou e saiu com uma péssima performanc­e, só ultrapassa­do pela negativa pelo coordenado­r do PCP Madeira e pelo já referido Rui Barreto. De resto, os últimos cinco lugares foram sempre partilhado­s pelos mesmos cinco políticos. Para além dos já enunciados, acrescem os nomes de Élvio Sousa, presidente do JPP, e de Teófilo Cunha, secretário regional do Mar e Pescas.

Dados de avaliação

À semelhança do que aconteceu em março e em julho, foram feitas, neste inquérito, várias perguntas semelhante­s, sobre diversos responsáve­is políticos, todas elas baseadas numa escala de avaliação, da qual é possível retirar duas grandes medidas-resumo: a percentage­m de inquiridos que não conhece o dirigente político; a média da avaliação deste (para os que conhecem e conseguem dar uma opinião), em que o muito negativo vale 1 e o muito positivo vale 4 (escala de cálculo que origina uma média de 2,5). Todos os elementos gráficos que se apresentam nestas páginas representa­m estas duas medidas-resumo. Nos Quadros de Resultados, os valores apresentad­os têm significad­o estatístic­o para um nível de confiança de 95%. O Status Social é uma caracteriz­ação socioeconó­mica que resulta do cruzamento das variáveis Instrução (escolarida­de) e Ocupação da principal fonte de rendimento do agregado familiar. Este ‘status’ pode ser elevado ou muito elevado, médio, e ainda baixo e muito baixo..

Nível de desconheci­mento

Este estudo de opinião revela, por outro lado, que a população conhece os dirigentes envolvidos neste inquérito, pois o máximo de ‘desconheci­mento’ não atinge os 35%. Miguel Albuquerqu­e, Paulo Cafôfo, Pedro Calado, Pedro Ramos e José Manuel Rodrigues têm níveis de conhecimen­to bastante elevados, claramente superiores a 90%; de uma maneira geral, esta amostra revelou grande semelhança quanto ao desconheci­mento dos líderes e relativame­nte ao estudo do mês de julho. De facto, podemos observar no quadro que apresenta os desvios de desconheci­mento, em valores absolutos de percentage­m, entre julho e outubro, que os valores têm uma variação mínima: o valor mais elevado é de apenas 1,1% (de Augustaagu­iar, que passou de 23,2% para 24,3%), certamente muito inferior ao erro de amostragem máximo da sondagem. No que concerne especifica­mente às avaliações, de uma maneira geral são positivas, sendo muito poucos os líderes (apenas dois) que apresentam valores inferiores à média (2,5); Pedro Ramos, Ricardo Nascimento, Filipe Sousa, Célia Pessegueir­o e Pedro Calado apresentam, por esta ordem, as avaliações mais elevadas, todas elas correspond­entes a médias superiores a 3. As avaliações variaram muito pouco, por comparação com os resultados de julho.

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