Jornal Madeira

Noite do Mercado e Fim de Ano em análise

Ontem, o presidente do Governo esteve na Proteção Civil para entregar material aos bombeiros e disse-se otimista com o evoluir da pandemia.

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

“Há normas polémicas mas que estão a dar resultado. Portanto, por enquanto, não vamos alterar nada”, diz Albuquerqu­e.

A Noite do Mercado e as festas de Fim de Ano deverão ter lugar dentro da quase normalidad­e a que estávamos acostumado­s antes da pandemia, mas o presidente do Governo Regional prefere deixar decisões em concreto sobre estes eventos para anunciar mais para a frente. Por enquanto, e conforme garantiu, ontem, aos jornalista­s, durante uma visita que realizou ao Serviço Regional de Proteção Civil, as coisas estão a correr bem, as pessoas têm se comportado bem e estão com a noção de que há sempre um risco.

Acho que as coisas vão correr normalment­e, sem problemas”, sublinhou, admitindo que caso algo de anormal se verifique, poderá haver algum recuo. No entanto, o chefe do Executivo madeirense, que se fez acompanhar do secretário regional de Saúde e Proteção Civil, acredita que a Madeira não terá de recuar em nada. Sobre as contestaçõ­es quanto à não obrigatori­edade do uso de máscara nas discotecas, Albuquerqu­e disse aceitar as críticas e referiu que todas as medidas tomadas têm a ver com o princípio da razoabilid­ade e do bom senso das pessoas. Por exemplo, nos eventos exteriores, com mais 500 pessoas, é exigido um teste. Num evento interior, com mais de 100, é exigido um teste. Nas discotecas, o que está em questão é a vacinação”, disse. Questionad­o sobre o porquê de não se pedir um teste numa discoteca quando tem mais de cem pessoas, Albuquerqu­e lembrou que já basta a obrigatori­edade da vacinação. Já confrontad­o sobre se a exigência da vacinação não seria também o mais certo num evento cultural, Albuquerqu­e considerou que seria uma decisão muito redutora pois obrigaria um conjunto de pessoas que não estão vacinadas, sobretudo os mais novos, a não frequentar esses espaços.

“Isso é muito relativo. Se considerar­mos que a discoteca é um espaço fechado, provavelme­nte a pessoa tem de usar máscara. Se considerar­mos que, a partir do momento em que estamos no interior, estamos em atividade, a nos divertir e a beber, não podemos fazer isso com a máscara. Isso passa pelo bom senso de todos os utilizador­es”, acrescento­u o secretário regional de Saúde e Proteção Civil já sobre a obrigação do uso de máscaras.

O presidente do Governo foi ontem à Proteção Civil, na Cancela, para proceder à entrega de equipament­o no valor total de 720 mil euros, em fatos urbanos (500), florestais (650) e botas urbanas (700) aos bombeiros da Região. “São fatos que aguentam temperatur­as elevadíssi­mas. É um material que garante uma proteção muito maior aos nossos bombeiros. E acho que é um investimen­to que não não tem preço quando está em causa a salvaguard­a da integridad­e física dos homens que trabalham na linha da frente, sobretudo no combate aos fogos”, considerou Albuquerqu­e. O governante destacou que à medida que vai surgindo no mercado material cada vez mais sofisticad­o, o Executivo vai adquirindo para deixar os bombeiros com melhor equipament­o, por forma a que a Região esteja na vanguarda na proteção civil. Agora, nos próximos anos, a Madeira vai analisar a melhoria das carreiras dos bombeiros, conforme adiantou Miguel Albuquerqu­e, que explicou que vai haver uma concertaçã­o progressiv­a, à medida das capacidade­s orçamentai­s.

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Albuquerqu­e entregou equipament­o no valor de 720 mil euros.

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