Noite do Mercado e Fim de Ano em análise
Ontem, o presidente do Governo esteve na Proteção Civil para entregar material aos bombeiros e disse-se otimista com o evoluir da pandemia.
“Há normas polémicas mas que estão a dar resultado. Portanto, por enquanto, não vamos alterar nada”, diz Albuquerque.
A Noite do Mercado e as festas de Fim de Ano deverão ter lugar dentro da quase normalidade a que estávamos acostumados antes da pandemia, mas o presidente do Governo Regional prefere deixar decisões em concreto sobre estes eventos para anunciar mais para a frente. Por enquanto, e conforme garantiu, ontem, aos jornalistas, durante uma visita que realizou ao Serviço Regional de Proteção Civil, as coisas estão a correr bem, as pessoas têm se comportado bem e estão com a noção de que há sempre um risco.
Acho que as coisas vão correr normalmente, sem problemas”, sublinhou, admitindo que caso algo de anormal se verifique, poderá haver algum recuo. No entanto, o chefe do Executivo madeirense, que se fez acompanhar do secretário regional de Saúde e Proteção Civil, acredita que a Madeira não terá de recuar em nada. Sobre as contestações quanto à não obrigatoriedade do uso de máscara nas discotecas, Albuquerque disse aceitar as críticas e referiu que todas as medidas tomadas têm a ver com o princípio da razoabilidade e do bom senso das pessoas. Por exemplo, nos eventos exteriores, com mais 500 pessoas, é exigido um teste. Num evento interior, com mais de 100, é exigido um teste. Nas discotecas, o que está em questão é a vacinação”, disse. Questionado sobre o porquê de não se pedir um teste numa discoteca quando tem mais de cem pessoas, Albuquerque lembrou que já basta a obrigatoriedade da vacinação. Já confrontado sobre se a exigência da vacinação não seria também o mais certo num evento cultural, Albuquerque considerou que seria uma decisão muito redutora pois obrigaria um conjunto de pessoas que não estão vacinadas, sobretudo os mais novos, a não frequentar esses espaços.
“Isso é muito relativo. Se considerarmos que a discoteca é um espaço fechado, provavelmente a pessoa tem de usar máscara. Se considerarmos que, a partir do momento em que estamos no interior, estamos em atividade, a nos divertir e a beber, não podemos fazer isso com a máscara. Isso passa pelo bom senso de todos os utilizadores”, acrescentou o secretário regional de Saúde e Proteção Civil já sobre a obrigação do uso de máscaras.
O presidente do Governo foi ontem à Proteção Civil, na Cancela, para proceder à entrega de equipamento no valor total de 720 mil euros, em fatos urbanos (500), florestais (650) e botas urbanas (700) aos bombeiros da Região. “São fatos que aguentam temperaturas elevadíssimas. É um material que garante uma proteção muito maior aos nossos bombeiros. E acho que é um investimento que não não tem preço quando está em causa a salvaguarda da integridade física dos homens que trabalham na linha da frente, sobretudo no combate aos fogos”, considerou Albuquerque. O governante destacou que à medida que vai surgindo no mercado material cada vez mais sofisticado, o Executivo vai adquirindo para deixar os bombeiros com melhor equipamento, por forma a que a Região esteja na vanguarda na proteção civil. Agora, nos próximos anos, a Madeira vai analisar a melhoria das carreiras dos bombeiros, conforme adiantou Miguel Albuquerque, que explicou que vai haver uma concertação progressiva, à medida das capacidades orçamentais.