Impasse em Santa Maria Maior gera troca de galhardetes
Ninguém se entende em Santa Maria Maior. Depois de a votação para o executivo da Junta de Freguesia ter sido suspensa devido aos sucessivos empates no apuramento dos resultados, ontem foi dia de troca de acusações entre as várias candidaturas.
Ao início da tarde, o PS, em nota de imprensa, referia que avançou com uma solução para ultrapassar o impasse que impediu a tomada de posse do executivo em Santa Maria Maior, liderado por Guido Gomes. "O PS apresenta uma solução de executivo para a Junta de Santa Maria Maior com o PAN, resultado da intransigência do Bloco de Esquerda (BE) em fazer parte da equipa da Junta com um determinado elemento, o que levaria ao incumprimento da Lei da Paridade”.
Ora, o facto de Guido Gomes ter trocado o Bloco pelo PAN não caiu bem aos bloquistas, que em comunicado refutaram os argumento do PS.
"O Ps-madeira pretende criar uma falácia em torno do tema da paridade como argumento para não incluir o eleito do Bloco de Esquerda na lista do executivo da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, ganha pela coligação Confiança".
A missiva, assinada por Dina Letra, coordenadora regional do Bloco de Esquerda-madeira, refere ainda que "o executivo da Junta é composto por cinco elementos e os cinco primeiros eleitos pela coligação Confiança cumprem essa obrigatoriedade que decorre da Lei".
Por sua vez, a coligação ‘Funchal Sempre à Frente’ lamentou que o Partido Socialista e a coligação que encabeçou à Câmara Municipal do Funchal, sendo incapaz de assegurar o voto dos membros que foram eleitos nas suas próprias listas, tente criar "cortinas de fumo" para disfarçar dissidências e divergências internas”. E mais refere que “não pactuará com nenhuma ilegalidade, sendo que qualquer solução para a Junta que não respeite a lei da paridade, mesmo que deliberada por maioria, é nula”.