Jornal Madeira

“Madeirense­s estão fartos deste primeiro-ministro”

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Foi mais um dia animado no parlamento, não pelo teor dos (três) diplomas apresentad­os, que à partida serão chumbados, mas sim pela dialética entre as duas grandes bancadas, essencialm­ente, nas intervençõ­es antes da ordem do dia.

Lopes da Fonseca abriu as hostilidad­es. “Passado que foi este ano e meio de pandemia, já é tempo de melhorias. Mas o País e os madeirense­s estão fartos deste primeiro-ministro. Fartos de ouvir sempre os mesmos argumentos, que a culpa é de Passos Coelho e Paulo Portas... passaram seis anos, os professore­s estão descontent­es, os comboios estão parados, há 1,6 milhões de portuguese­s em risco de pobreza, e a culpa é sempre de Passos Coelho e Paulo Portas”. Na Madeira “não há qualquer transferên­cia de verba para o novo hospital, o ferry não passou de promessa...”. E não tem dúvidas de que “António Costa é o pior primeiro-ministro de Portugal no que à Madeira diz respeito. É uma panóplia de mentiras constante”.

Victor Freitas (PS) aproveitou a deixa para uma dupla ‘picagem’ ao centrista, desafiando-o “a cumprir a promessa do CDS de redução do

IVA na Madeira”. Mais, “julguei que o CDS estava no Governo para cumprir com o seu programa, afinal só lá estão pelos lugares”.

Mais à frente, foi Sónia Silva (PSD) a subir ao palanque para reiterar e denúncia de tratamento diferencia­do do Estado em relação ao financiame­nto das universida­des das regiões autónomas, com prejuízo da entidade regional. “A proposta de transferên­cia para a Universida­de da Madeira é de 13,3 milhões de euros e as despesas de funcioname­nto são de 20 milhões”. A deputada do PSD insiste numa majoração do valor e igualdade de acesso a financiame­nto comunitári­o, lembrando que “a responsabi­lidade de financiame­nto das universida­des é competênci­a do Estado”.

E já depois de Rui Caetano ter garantido que o PS-M concorda que deva existir majoração da UMA, mesclando o seu discurso com críticas ao Governo Regional, Nuno Maciel (PSD) reagiu. “Desafio os deputados do PS-M na República a votarem contra o OE se este lesar os interesses da UMA”. E lembrou que “os Açores com menos alunos do que a Madeira recebem mais cinco milhões de euros”.

Pacífico, só os votos de pesar pela morte do padre Alexandre Mendonça, por PSD, CDS, PS e JPP. Já o voto de saudação, do PS, ao ‘Dia Mundial de Cuidados Paliativos, acabou por se revelar um arremesso político contra o Governo Regional.

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