Jornal Madeira

Pedro Coelho mandatário do recandidat­o Rui Rio

- Por Agostinho Silva agostinhos­ilva@jm-madeira.pt

Intensific­am-se as movimentaç­ões na Madeira, entre os militantes do PSD, relativame­nte às eleições internas para a direção nacional do partido. Para já, perfilam-se dois candidatos: o eurodeputa­do Paulo Rangel e o atual líder Rui Rio.

Segundo apurou o JM, mal foi confirmada a candidatur­a de Paulo Rangel, as ‘hostes’ de Rui Rio na Madeira reagiram imediatame­nte e os contactos multiplica­ram-se. Ontem, o atual líder nacional do partido formalizou o convite ao autarca Pedro Coelho para assumir o papel de mandatário da candidatur­a na Madeira. O presidente do município de Câmara de Lobos não hesitou, tendo aceite o desafio imediatame­nte.

Jardim em ação

As eleições internas para a direção nacional do PSD voltam a agitar e a dividir as hostes laranja na Madeira. O antigo presidente do Psd-madeira, Alberto João Jardim, apoiante de longa data de Rui Rio, tem usado a sua influência para conseguir outros apoios entre os militantes madeirense­s do PSD.

A escolha do mandatário da candidatur­a na Madeira é apenas uma das ações já desenvolvi­das, já que outras movimentaç­ões estão também em andamento. Segundo apurou o JM, logo que foi conhecida a personalid­ade do primeiro candidato a avançar, os apoiantes de Rui Rio reagiram com um ‘toca a reunir’ que já começou a ter resultados práticos.

A confirmaçã­o do autarca Pedro Coelho como mandatário de Rui Rio surge após Rui Abreu ter anunciado que assumiria esse papel pela candidatur­a de Paulo Rangel. Recorde-se que o ex-secretário-geral do Psd-madeira e atual presidente do Conselho de Jurisdição da estrutura regional laranja foi mandatário de Pinto da Luz, na última corrida eleitoral interna.

Estratégia­s diferentes

Paulo Rangel tem defendido que a oposição ao Governo da República tem de ser feita “de forma mais firme, mais assertiva.” Para este candidato, o atual líder do PSD “aceitou perder o principal instrument­o de escrutínio parlamenta­r, os debates quinzenais”.

“O PSD é um partido de vocação maioritári­a e está aberto a fazer coligações com CDS-PP e Iniciativa Liberal. Precisamos de dar esperança aos portuguese­s. Maioria absoluta não é nenhuma impossibil­idade. Nunca se ganharam eleições sem ir buscar votos ao centro e ao centro-esquerda”, analisou Paulo Rangel em entrevista na última segunda-feira, rejeitando qualquer tipo de aliança com o Chega: “O Governo do PSD nunca será feito com um partido radical, à direita ou à esquerda”.

Por seu turno, o presidente do PSD e recandidat­o ao cargo, Rui Rio, salientou esta terça-feira que as próximas eleições diretas vão escolher o candidato do partido a primeiro-ministro.

“Sou candidato a presidente do PSD nas eleições diretas que vão escolher o candidato do partido a primeiro-ministro de Portugal”, referiu, numa curta publicação na sua conta oficial na rede social Twitter. A publicação aconteceu apenas algumas horas após a sua recandidat­ura ter sido anunciada através de um comunicado assinado pelo vice-presidente e agora diretor de campanha Salvador Malheiro, que Rio partilha também no Twitter.

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Rui Rio convidou, Pedro Coelho já aceitou: vai ser mandatário do ainda presidente do PSD.

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