Classplan investe 13 milhões no Funchal
O grupo detentor da promotora imobiliária Classplan e das construtoras Classe Concreto e Madeira CJN vai investir mais de 13 milhões no Funchal, entre este e o próximo ano.
Os donos da marca Uptown iniciaram em setembro a construção do edifício Uptown13, localizado na Estrada de São João, um empreendimento com 36 frações habitacionais e três lojas comerciais cuja previsão de conclusão é dezembro do próximo ano e que representa um investimento de 8.740.000,00 euros.
Para o próximo mês, está previsto o início da comercialização do Uptown 117, que vai nascer no Caminho do Amparo, com 17 frações habitacionais. Esta construção está agendada para arrancar em fevereiro do próximo ano, prevendo-se que fique concluída em março de 2023, num investimento de 4.500.000,00 euros.
O grupo que emprega mais de 300 pessoas na Madeira está no mercado desde 2018, tendo iniciado nesse mesmo ano a edificação - em Santo António, mais concretamente no Caminho do Pilar - do primeiro edifício – o Uptwon 26 – cuja conclusão aconteceu em dezembro de 2019, numa empreitada avaliada em 3.800.000,00 euros.
Uma “marca referência”
Filho de pai madeirense, Paulo Mendonça trocou o Algarve pela Madeira em 1995, aos 27 anos. Trabalhou nas obras de ampliação do Aeroporto da Madeira e na Via Expresso, até que decidiu aos 33 anos fundar a sua própria empresa. Mais tarde, emigrou para o Brasil, onde foi empreendedor nas áreas da promoção e na logística (supermercados).
Em 2017, decidiu regressar à Madeira e retomar atividade na construção e promoção imobiliária, nascendo um ano depois a promotora Classplan e a marca Uptown, um nome que o cativou por “remeter para uma arquitetura moderna e de qualidade”.
“Na altura, fui buscar pessoas do ramo da construção. Montámos uma promotora e avançámos com o nosso primeiro projeto - o Uptwon 26 -, criando-se ali uma marca de referência”, lembra Paulo Mendonça.
Falta de materiais encarece
A aposta na arquitetura e na qualidade tem sido, de acordo com Paulo Mendonça, um ponto de honra para a marca Uptown e não será comprometido pelo problema da falta de materiais e de mão de obra que têm encarecido a construção, um problema comum ao todo do País.
“O custo da construção sofreu um aumento entre 20 e 30%, graças à falta de materiais e de mão de obra. Já aumentámos inclusive os salários, mas os custos refletem-se naturalmente no valor de venda”, conclui.